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Não só eu, mas todas as pessoas que estavam na abertura da exposição "Mazzaropi volta para Ubatuba", no dia 1º de julho de 2005, escutaram o vice-prefeito Domingos dos Santos (PT), em discurso, desculpar-se pela ausência do prefeito Eduardo César (PL) na inauguração do evento. "Ele se encontra em Caraguatatuba, na faculdade. Não pode ficar perdendo aulas", foi a argumentação usada pelo vice. Confesso que me surpreendi, pois imaginava que, ao assumir a administração de nosso município, Eduardo César, tivesse "trancado" matrícula para poder administrar Ubatuba. De lá para cá venho observando os detentores de cargos em comissão e verifiquei que vários ocupantes do "primeiro time" do governo ou cursam uma faculdade, fazem um curso de especialização ou trabalham meio expediente. É o exemplo sendo seguido. Tem gente até que, "agriculturalmente" falando, incorporou o papel de viúva Porcina: "aquela que foi sem nunca ser sido". A campanha de "dedicação exclusiva" lançada logo após as eleições de 2004 e antes de 2005, por sites na Internet, deu em nada. Quem perde é o município. São servidores públicos, de competências questionáveis, trabalhando pouco ou quase nada. Alguns agem como se estivessem fazendo turismo por suas secretarias. Quem paga as contas destas mordomias? Você jura que não sabe? Uma das teorias que corre na "boca do povão" é que em 2004, Eduardo César se lançou candidato a prefeito apenas para "sentir" como seria uma eleição para o Executivo municipal. O que queria mesmo era terminar a faculdade de Direito e se preparar para o exame da Ordem. Pela displicência de "um" e prepotência de "outro" acabou, de mão beijada, prefeito de Ubatuba. Sem equipe e um plano para administrar um município que vem, há décadas, sendo solapado econômica e culturalmente por administrações descomprometidas, deu no que está dando. É impossível administrar devidamente um município na situação em que se encontra Ubatuba e concluir, com mérito, um curso como o de Direito. Dentro de 54 dias, todos poderão avaliar o que estou afirmando. Não creio que as vantagens de "Super-homem" fujam do imaginário e se apliquem ao dia-a-dia real. Espero que Eduardo César se prepare bem para o exame da Ordem, pois pelo andar da carruagem, em 2008...
Nota do Editor: Luiz Roberto de Moura é engenheiro civil e consultor de informática. Iniciou no jornalismo em 1970 como colaborador da Folha da Baixada. Na administração pública, em Ubatuba, dirigiu várias secretarias municipais. É o responsável pelo UbaWeb - O Portal de Ubatuba.
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