O CEDS - O Centro de Experimentação em Desenvolvimento Sustentável, em parceria com a Universidade Católica de Santos, a Real Norte, a UNITAU, a Fundação Florestal e a Petrobras, realizou dia 18/10, na Fazenda Santana, em São Sebastião, a 1ª Oficina para elaboração de diretrizes do Programa de Turismo Sustentável para o Litoral Norte de São Paulo. A oficina contou com um razoável e diversificado público dos quatro municípios da região: técnicos e funcionários das unidades de conservação, ONGs ambientalistas, monitores de trilhas, agentes de viagem, proprietários de hotéis, restaurantes e pousadas, acadêmicos e pesquisadores. Segundo a fala de vários expositores, apesar dos inúmeros atrativos da região, é necessário superar a sazonalidade pois a concentração de turistas em determinadas épocas do ano, dificultam o planejamento e o equilíbrio entre oferta e procura e o acesso aos bens naturais, contribuindo para a sua degradação. É necessário que se organizem eventos diversificados e atrativos que garantam o fluxo de turismo durante o ano todo para que a população local tenha como se manter com melhores condições de vida. Para isso, as áreas de preservação devem ser vistas como uma das maiores fontes de recursos e não como impedimento ao desenvolvimento econômico. Para isso, necessitam ser mapeadas, sinalizadas e adequadas para receber turistas que procuram espaços para relaxamento, contemplação, estudos e pesquisas. É necessário que os municípios não se vejam como concorrentes mas como parceiros no sentido de que pertencem a mesma região e ao mesmo bioma. A união e integração das atividades e esforços poderão reduzir os custos na formatação de projetos e na sua divulgação, na melhoria da infraestrutura e na qualidade no atendimento. Um dos resultados esperados é a maior permanência na região e a garantia de retorno à população local na forma de empregos e ocupações mais qualificados e melhor remuneração para todos. No final do dia foram apresentados algumas propostas de logomarcas para dar identidade e visibilidade à região, permanecendo a questão em aberto para novas contribuições. O fechamento das diretrizes deverá se dar em uma segunda oficina que será realizada em novembro.
Nota do Editor: Rui Alves Grilo é professor da rede pública de ensino desde 1971. Assessor e militante de Educação Popular.
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