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COLUNISTA
Sidney Borges
22/10/2005 - 15h10
Adeus às armas
 
 

Conversei com um amigo pelo Skype. Perguntei se ele ainda tinha o costume de andar armado. A resposta foi não. Ele enumerou as razões. Muita gente que cultivava o hábito de portar armas, desistiu. Hoje é difícil ter uma arma legal. A longa série de requisitos a serem cumpridos acaba desencorajando. Mas a principal razão é a possibilidade de ser pego armado numa batida policial. O que antes era tolerado hoje é crime e dá cadeia. Obviamente estou falando de gente de bem, bandidos são bandidos, nunca respeitaram a lei e não há indícios que isso vá mudar. O meu amigo lembrou que as pessoas que compravam armas e as portavam, nem sempre o faziam em lojas. Nos grandes centros todo mundo conhece um contrabandista, ou melhor, tem o seu contrabandista que fornece bebidas, perfumes, aparelhos eletrônicos e o que mais o freguês quiser, inclusive armas se for o caso. Não confundir contrabandista com traficante, há uma hierarquia. Contrabandistas são tolerados socialmente, traficantes não. A proibição do comércio de armas, caso seja aprovada, vai demorar a surtir efeitos. Os resultados somente serão sentidos daqui a alguns anos. Sabendo não haver comércio legal, quem quiser comprar uma arma terá de recorrer ao mercado paralelo. Coibir esse mercado, que tenderá a aumentar num primeiro momento, é tarefa do governo. É conveniente lembrar que os poderes constituídos não têm dado conta de impedir o tráfico de drogas. Haverá meios de impedir o comércio ilegal de armas? O governo deveria ter em mente que o desejo de compra é das maiores compulsões que há. Diz o ditado que "água de morro abaixo, fogo de morro acima e mulher quando quer dar, ninguém segura". Eu acrescento: "o homem que quer comprar, compra". Armas inclusive, legais ou não. Outra lei comercial reza que quando há alguém querendo comprar sempre haverá um vendedor. Discutir o tema me parece um bom exercício mental mas na prática é perda de tempo. Só a educação fará com que as pessoas entendam que a vida é curta e não vale encurtá-la mais com o uso de violência. Se há uma filosofia a ser seguida é a de Epicuro. Aos prazeres entrego o meu corpo. Da alma, se houver uma, cuidarei mais tarde. Finalizando confesso que não gosto de armas ou de drogas, mas aprecio demais sexo e rock and roll.


Nota do Editor: Sidney Borges é jornalista e trabalhou na Rede Globo, Rede Record, Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo (Suplemento Marinha Mercante) Revista Voar, Revista Ícaro etc. Atualmente colabora com: O Guaruçá, Correio do Litoral, Observatório da Imprensa e Caros Amigos (sites); Lojas Murray, Sidney Borges e Ubatuba Víbora (blogs).
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