O fim-de-semana se aproxima. Mais um. Não sei se é impressão minha, mas parece que o tempo acelerou ultimamente. Até os dias chuvosos, longos e que pareciam não ter fim, estão mais curtos. Na política local há uma aparente calma. Nos bastidores a movimentação é grande, as alianças começam a ser costuradas visando a eleição. Eleição? Mas não é cedo para pensar nisso? Afinal de contas ainda estamos no primeiro ano do mandato de Eduardo César. Talvez seja por isso. O pessoal está quente, parece que a adrenalina que envolveu o pleito de outubro passado ainda corre nas veias. Os derrotados fazem de tudo para permanecer na liça, chamar à atenção, conquistar adeptos. Inclusive alianças que poderão custar caro no futuro. Enfim, em política cada cabeça é uma sentença, embora haja algumas cabeças mais duras do que outras. Por outro lado, é fácil falar quando se está do lado de fora. Quem participa da luta nem sempre consegue ver com clareza o tabuleiro. Isso é perigoso, pode surgir de repente um lance imprevisto e xeque-mate! A vaca vai para o brejo. Vamos entrar em outubro, mês em que acontecerá a eleição para a escolha da nova mesa da Câmara. Vai haver renovação dos quadros, isso é certo como o escurecer da noite após o dia. Mudando o presidente sairão os que ele contratou. Sem acordos, foi o que apurei. Como em política o que é dito hoje pode ser desmentido amanhã, é melhor esperar para ver, embora se eu estivesse envolvido colocaria as barbas de molho. Só estão seguros os que possuem um mandato popular. Nem todos. Alguns terão de defender seus mandatos na Justiça. No âmbito nacional as coisas caminham devagar, embora os estragos que a crise está causando no governo só serão realmente avaliados no ano que vem. O dia-a-dia está começando a aborrecer. Quem acompanha os acontecimentos de perto percebe os esforços - legítimos - do governo para ficar fora do "tsunami". Infelizmente em vão, a falácia de que Lula nada sabia é insustentável. A cada dia que passa a versão dos empréstimos perde força. Quando a verdade finalmente surgir não darei um tostão pelos mandatos dos envolvidos. Reeleição então, cada dia mais difícil. Em Ubatuba haverá segundo turno para a escolha do presidente do PT. Se eu fosse militante do partido votaria em Gerson Florindo. Ele é contra nepotismos. Eu também.
Nota do Editor: Sidney Borges é jornalista e trabalhou na Rede Globo, Rede Record, Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo (Suplemento Marinha Mercante) Revista Voar, Revista Ícaro etc. Atualmente colabora com: O Guaruçá, Correio do Litoral, Observatório da Imprensa e Caros Amigos (sites); Lojas Murray, Sidney Borges e Ubatuba Víbora (blogs).
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