Os políticos de Ubatuba agem como os militares franceses da primeira metade do século XX, que parados no tempo, construíram fortalezas para defender o país de cavalarias e infantarias. Estavam com a cabeça em 1918 enquanto a folhinha indicava 1939. Os exércitos nazistas atacaram com tanques e aviões e a França estaria falando alemão se não fossem os esforços de União Soviética, Estados Unidos e Inglaterra para derrotar a Alemanha de Hitler. Na cidade que um dia recebeu o turista Hans Staden, todos sabem que um dos candidatos derrotados na última eleição não vai concorrer na próxima. Perdeu os direitos políticos na Justiça. Comenta-se que ao receber a notícia da recusa do último recurso junto ao STF, ele teria procurado um provável candidato e proposto apoio em troca de uma secretaria. Comenta-se também que o acordo teria sido selado. Acordos políticos fazem parte do jogo. Resta saber qual será o impacto na cabeça do eleitor. O que pensar de um político barrado pela justiça apoiando outro que durante a campanha disse que tudo o que o atual aliado fez foi prejudicial à cidade. O que parece ser um grande negócio poderá redundar em aumento de rejeição. Na aritmética simplória praticada por quem não entende o jogo político, tudo parece simples. Somando-se os votos dos candidatos derrotados na última eleição a vitória estaria garantida. Seria verdade se a terra parasse de girar. Fico lamentando pela prole da pomba da praça 13 de Maio. Daqui a três anos, quando os pombinhos já adultos estiverem nidificando, os candidatos irão infernizar a vida deles com os detestáveis rojões que só servem para incomodar pessoas doentes, crianças e cães. Nobreza houvesse...