Vão investigar o doleiro de Collor. Parece que ele também operou para o PT. Será que enviou verdinhas para as contas do Maluf? Xanana? Que será que é isso? Maluf e os doleiros, um bom tema para os Paralamas, no estilo da moto do Vital. "Maluf e seu doleiro se sentiu total..." O PT, quem iria imaginar, tem doleiro, ou melhor, doleiros. Pencas deles. Nomes que agora freqüentam páginas policiais são velhos conhecidos da minha casa. Minha mulher deu aulas durante anos num colégio de língua estrangeira, que fica nos Jardins. Um dia desses começamos a olhar álbuns escolares da década de 1990. Estão quase todos lá. Falo dos bandidos que até ontem eram grã-finos. Bandido também é gente, também tem coração, sofre e vai à escola, embora nunca aprenda a lição. Não roubar é um mandamento que não faz parte das igrejas de gente fina. Políticos têm doleiros e artistas têm guru. Quem não se lembra do mágico que entortava chaves e curava câncer? Thomas Green Morton. Foi desmascarado pelo desafio de um mágico americano e desapareceu. Antes tirou milhares de dólares de artistas de garganta afinada e cérebro desafinado. Quem será o doleiro dele? Por falar em cadeia, dr. Paulo Maluf e seu filhinho, Flavinho Malufinho, vão amargar mais alguns dias no xilindró. Maluf confidenciou a amigos que assim que ficar provada a sua inocência, vai se candidatar à presidência. Seu primeiro ato no governo será providenciar uma licitação para as quentinhas da Polícia Federal. Depois vai construir um túnel ligando o Oiapoque ao Chuí. A Mendes Júnior fará a obra. José Dirceu disse que é inocente. Maluf criou o estilo, agora é de domínio público.
Nota do Editor: Sidney Borges é jornalista e trabalhou na Rede Globo, Rede Record, Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo (Suplemento Marinha Mercante) Revista Voar, Revista Ícaro etc. Atualmente colabora com: O Guaruçá, Correio do Litoral, Observatório da Imprensa e Caros Amigos (sites); Lojas Murray, Sidney Borges e Ubatuba Víbora (blogs).
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