Na noite de ontem, nas dependências da Escola Anchieta, aconteceu uma reunião para discutir os rumos da Comtur. Estive presente enquanto foi discutido o atacado. O varejo não me interessa e nem à maioria de meus leitores. O que importa é que a empresa vai voltar a funcionar. A intenção da Prefeitura, que detém 51% do capital, é retomar as atividades. Para isso os acionistas deverão integralizar a parte que lhes corresponde do capital, o que redundará em aproximadamente R$ 3500,00 para cada cota. Vai ser difícil. Alguns acionistas disseram não ter dinheiro. Outros temem a ratoeira que levam no bolso e que serve para que não caiam na tentação de colocar a mão lá. Na explanação sobre os novos rumos administrativos, ficou evidente que antes do impasse a empresa se assemelhava a um hospício. Funcionários arrecadavam dinheiro nos estacionamentos, levavam para casa e no outro dia prestavam contas. Sem que houvesse nenhum controle. Quando foi dito isso sai do recinto. Preciso zelar pela minha integridade mental. A Comtur é viável, necessita ser bem administrada. Não pode, em hipótese alguma, ser usada como moeda eleitoreira, como prêmio para correligionários que se aplicam em campanhas. Precisa de gente do ramo, de profissionais que se dediquem exclusivamente a ela. Em tempo integral. E honestos!
Nota do Editor: Sidney Borges é jornalista e trabalhou na Rede Globo, Rede Record, Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo (Suplemento Marinha Mercante) Revista Voar, Revista Ícaro etc. Atualmente colabora com: O Guaruçá, Correio do Litoral, Observatório da Imprensa e Caros Amigos (sites); Lojas Murray, Sidney Borges e Ubatuba Víbora (blogs).
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