Aviso aos navegantes. A economia brasileira "vai bem" num momento em que a economia mundial vai muito bem. Não se pode prever o que aconteceria se "Wall Street" tivesse um acesso de tosse. Também não dá para saber exatamente como o "vai bem" que o governo apregoa se enquadra no campeonato mundial de ignomínia social. Somos os penúltimos em aviltamento humano. O "vai bem" de Palocci pode reverter esse quadro? Não, é óbvio que não. Então nada vai bem. Empurra-se com a barriga. Há evidentemente setores que apresentam bom desempenho. Atrelados ao governo. Dependentes do governo. Em conluio promíscuo com o governo. O Brasil precisa integrar as massas que vivem ao largo. Que sobrevivem de forma indigna. O Brasil precisa desenvolver uma política educacional que atenda aos interesses da nação. Escolas não são meras lavanderias de dinheiro. Escolas são portas de entrada para outra realidade, menos cruel, mais justa e prazerosa. A educação é o meio de sairmos do brejo. Disso ninguém fala. Discutem Weber ou Marx. Estão no século XIX. E lá continuarão. Elite? O que é isso?
Nota do Editor: Sidney Borges é jornalista e trabalhou na Rede Globo, Rede Record, Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo (Suplemento Marinha Mercante) Revista Voar, Revista Ícaro etc. Atualmente colabora com: O Guaruçá, Correio do Litoral, Observatório da Imprensa e Caros Amigos (sites); Lojas Murray, Sidney Borges e Ubatuba Víbora (blogs).