Luta-se hoje com a cabeça na guerra de ontem. Em 1939 a França estava protegida da Alemanha. A linha "Maginot" impediria qualquer invasão. De fato, em 1939 a França estava protegida da Alemanha de 1918. Em 1939 a tecnologia dos transportes era outra, os alemães contornaram a linha inexpugnável e quando os franceses atônitos abriram os olhos Hitler passeava nos jardins da Torre Eiffel. Ontem li nos jornais e assisti na televisão diversas entrevistas com cientistas sociais, que não sei exatamente o que são nem tampouco o que fazem, além de teorizar muito e errar na mesma proporção. Um deles, famoso, professor da USP, falou em Getúlio Vargas, comparando a situação de hoje com o sucedido em 1954, que culminou com a morte do presidente. As semelhanças são as mesmas encontradas entre alicates de pressão e queijos camembert. Ele dizia que se tentarem derrubar Lula as massas podem se sublevar e ninguém poderá prever o desfecho. Falou em guerra civil. Eu não acredito. Quem poria a vida em risco por José Dirceu? Ou Genoino? A massa quer saber do "Big Brother Brasil". Se o Mengo vai para a segundona. Lula não deve temer. Ninguém quer que ele saia. Pelo menos não agora. No entanto, se houver motivo, bye, bye. Como Lula sempre afirmou que não sabia de nada, vai continuar presidente até a próxima eleição. Se ganhar ficará mais quatro anos, se perder voltará para São Bernardo. O projeto de poder eterno acabou. Apesar de toda a onda, o Brasil vai seguir em frente. Um dia acertaremos, nem que demore mil anos, como era o projeto do "Reich rachado de Dirceu".
Nota do Editor: Sidney Borges é jornalista e trabalhou na Rede Globo, Rede Record, Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo (Suplemento Marinha Mercante) Revista Voar, Revista Ícaro etc. Atualmente colabora com: O Guaruçá, Correio do Litoral, Observatório da Imprensa e Caros Amigos (sites); Lojas Murray, Sidney Borges e Ubatuba Víbora (blogs).
|