Um dia alguém fará alguma coisa para mudar as relações entre os governantes e o que é público no Brasil. Quem sabe daqui a trezentos anos. Agora vai continuar do jeito que está. Sendo público não tem dono. É de quem for mais esperto. Neste momento estamos assistindo a ida do PT para o ralo. Por incompetência. Não soube fazer direito. Faltou um Serjão para pôr ordem na casa. Ficar no poder requer habilidade. É coisa que se aprende no recôndito do lar. Com tios, avós, amigos da família, gente que faz trambiques há muito tempo. O PT não sabe o que é isso. Parece um enxame de moscas presas no melado. O PSDB também vai ser atingido. Perderá algumas cabeças, assim como o PFL. Não vale à pena falar dos partidos da base aliada, ou melhor, da quadrilha aliada. Seus membros deveriam estar em presídios de segurança máxima. São perniciosos, nocivos, perigosos. Inábeis, colocam em risco a ordem constituída e o bem-estar comum. A coisa está sendo desenhada desde que algum maluco inventou a CPI do Banestado. A única CPI do mundo em que investigadores e investigados comiam na mesma mesa e dormiam na mesma cama. Sumiu, desmanchou no ar. Acabou por obra do deputado José Mentor, que sozinho faz mais trapalhadas do que Larry, Moe e Curly juntos. Enfim, há males que vem para bem. Quem sabe teremos um novo partido. Fundado pelo ex-presidente Collor e tendo na executiva Roberto Jefferson, os anões do orçamento, Paulo Maluf, Genoíno, Mentor, Professor Luizinho e Eduardo Azeredo. E como eminência parda, agindo na calada da noite, José Dirceu, o articulador. Partido da verdade absoluta. PVA. Teriam o meu voto. Desde que me dessem um mensalão.
Nota do Editor: Sidney Borges é jornalista e trabalhou na Rede Globo, Rede Record, Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo (Suplemento Marinha Mercante) Revista Voar, Revista Ícaro etc. Atualmente colabora com: O Guaruçá, Correio do Litoral, Observatório da Imprensa e Caros Amigos (sites); Lojas Murray, Sidney Borges e Ubatuba Víbora (blogs).
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