As águas das chuvas que caíram recentemente, com grande intensidade, destruíram a ponte da Ressaca. Na verdade, levaram os restos de uma linda ponte que existiu outrora. Ultimamente estava sendo usada apenas por pedestres e ciclistas. Em tempos não muito distantes suportou tráfego pesado, porém, desde o ano de 2001 ficou semi-inutilizada. As tentativas que se fizeram no sentido de sensibilizar a prefeitura para consertá-la, foram em vão. Apesar do vão ser pequeno. Uma vez o então secretário de Arquitetura e Urbanismo, Sidney Giraud, me disse que tinha duas vigas metálicas que resolveriam o problema. Ainda devem estar na prefeitura. Na verdade, o prefeito Paulo Ramos nunca tomou conhecimento do problema. Provavelmente tinha outras prioridades. Enfim, o que restava da ponte se foi. No seu lugar deverão construir um viaduto. É o que dá para imaginar pelo preço sugerido no comunicado distribuído pela prefeitura. Setecentos e cinqüenta mil reais! Waal, como diria Paulo Francis. Dá para fazer por menos. É uma ponte para ser utilizada apenas por pedestres, ciclistas e motociclistas. Sua estrutura deverá suportar cargas leves. Não há razão para desperdiçar dinheiro. O município tem outras prioridades. É possível desenhar uma ponte mais econômica. E bonita. Eu faria uma ponte pênsil. Duas colunas de concreto e dois cabos de aço onde a ponte ficaria pendurada.
Nota do Editor: Sidney Borges é jornalista e trabalhou na Rede Globo, Rede Record, Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo (Suplemento Marinha Mercante) Revista Voar, Revista Ícaro etc. Atualmente colabora com: O Guaruçá, Correio do Litoral, Observatório da Imprensa e Caros Amigos (sites); Lojas Murray, Sidney Borges e Ubatuba Víbora (blogs).
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