Conversa (des)afinada
Tudo ficou para a última hora, desde a construção dos estádios dessa tal “Copa das Copas” – na retórica triunfalista que mal encobre a incompetência gritante da organização – até os protestos contra a realização do evento. Assim como são absurdas as tentativas de justificar os atrasos – porque tempo não faltou, foram quase sete anos! – tão ou mais absurdos ainda são os movimentos, que ao paralisar as principais avenidas, transformaram a população em reféns de protestos, justificáveis quanto à sua motivação e indesculpáveis quanto à execução. Não há desculpa para essa situação e, seguramente, minimizar a magnitude desse caos não transformará as nossas já sofridas cidades em oásis de tranquilidade, não transformará a baderna em delicado minueto.
Nota do Editor: Alexandru Solomon, formado pelo ITA em Engenharia Eletrônica e mestrado em Finanças na Fundação Getúlio Vargas, autor de “Almanaque Anacrônico”, “Versos Anacrônicos”, “Apetite Famélico”, “Mãos Outonais”, “Sessão da Tarde”, “Desespero Provisório”, “Não basta sonhar”, “Um Triângulo de Bermudas”, “O Desmonte de Vênus”, “Plataforma G”, “Bucareste”, “A luta continua” e “A Volta”. Nas livrarias Cultura e Siciliano. E-mail do autor: asolo@alexandru.com.br.
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