Pintasilva faz sentido. Pintassilgo não. Não entendo o porquê de decorar palavras com um só uso? Pintassilgo define apenas um tipo de pássaro. Pintasilva é a contração de pinta que todo mundo sabe o que é, com Silva, sobrenome do presidente. Já silgo, (ou seria ssilgo?) ninguém ouviu falar. Não confundir com silha que é um tipo de cadeira. Poderíamos usar duas palavras conhecidas, pinta, do presente do indicativo do verbo pintar e silva, que como já disse é sobrenome de gente ilustre. E também de gente comum. Sobrenome é loteria, ninguém sabe o futuro. Quem apostaria no bebê nordestino que hoje luta para salvar o mundo da fome? Com pinta e silva o pássaro teria nome, assim como aconteceu com Costa e Silva que acabou presidente, embora nunca tenha sido eleito. Pronto, o pássaro estaria nomeado e não seria necessário decorar mais uma palavra, pois sabemos que o cérebro, assim como os discos rígidos dos computadores, tem capacidade limitada. Já pescoção não tem nada a ver com girafas. Significa sopapo, tapona, tabefe, que todos já levamos um dia, ainda que da mãe. Não sei porque associei Costa e Silva com pescoção. Já pescocinho não é um tapinha, é a gola branca móvel das batinas dos padres. Mas também pode ser pescoço pequeno. Quem tem o pescoço grosso e comprido é pescoçudo, podendo ser apenas grosso ou apenas comprido. Pescotapa também é pescoção. Papagaio é outra besteira, deveria ser papagalho...
Nota do Editor: Sidney Borges é jornalista e trabalhou na Rede Globo, Rede Record, Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo (Suplemento Marinha Mercante) Revista Voar, Revista Ícaro etc. Atualmente colabora com: O Guaruçá, Correio do Litoral, Observatório da Imprensa e Caros Amigos (sites); Lojas Murray, Sidney Borges e Ubatuba Víbora (blogs).
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