Na Espanha chamam Roberto Carlos, zagueiro do Real Madrid, de macaco. Coisa de torcedores, espécie estranha que merece um estudo aprofundado daqueles que cuidam do comportamento das massas. Olhando de longe parecem humanos, agem como tal, não há como diferenciá-los dos cidadãos comuns. Em seu habitat natural, as arenas futebolísticas, revelam a verdadeira face. Alguns utilizam técnicas sutis de guerra psicológica, só isso pode explicar a perseguição que sofre Roberto Carlos. No Japão a coisa é diferente, os macacos de lá são brancos e têm a cara vermelha. Torcedores japoneses xingam de macacos os gringos brancos que jogam lá, também xingam os negros e os latinos, só que de outras coisas tais como lesmas pálidas e batráquios tontos, verdadeiras afrontas na terra do Sol nascente. Na verdade os torcedores japoneses xingam todo mundo, como fazem os chineses os bávaros e os servo-croatas e a mancha verde. Um inglês que defende as cores do Kashima-Antlers, alvo como um lençol lavado com Rinso, já ouviu muitas vezes a torcida gritando o que ele pensa serem aplausos e na verdade é o grito "macaco branco vesgo". Em japonês equivale a mencionar certa parte da anatomia das mães, que bem sabemos todas as mães têm, mas dizer que têm, no Brasil, é uma ofensa danada. Enfim, não podemos classificar os espanhóis como racistas por causa de alguns torcedores, aliás o que pensar de torcedores, com tantas coisas interessantes para fazer na vida, preferem ir ao estádio gritar, brigar, xingar e no fim ver o time perder como fazem os torcedores do Palmeiras. Isso é um autêntico programa de macaco. Estou sendo preconceituoso, macacos não perderiam tempo com coisa tão idiota, melhor ficar na floresta vendo o mato crescer.