Na quinta feira, (02/08), no Restaurante Oasis, houve a oficina devolutiva do Projeto Litoral Sustentável - Desenvolvimento com Inclusão Social, proposta do Instituto Pólis apoiada pela Petrobras. A equipe responsável distribuiu aos presentes gráficos e tabelas que ilustram os diferentes aspectos socioeconômicos levantados. Na apresentação da leitura comunitária, ficou claro que a população percebe o município como sem rumo, sem proposta de planejamento, ficando em desvantagem quando compete com os outros municípios da região. Como conseqüência, fica à mercê da exploração imobiliária, ocupação desordenada. Embora o município tenha como potencialidades para seu desenvolvimento um cenário de grande beleza paisagística, áreas preservadas de parques e praias, comunidades tradicionais com grande e variada riqueza cultural, esses elementos não são valorizados e explorados adequadamente de maneira a garantir um fluxo contínuo de turistas. A conseqüência dessa falta de planejamento se reflete no grande número de famílias que dependem de programas assistenciais (39% da população tem renda até 2 salários mínimos e 4% não tem rendimento; apenas 4% tem renda maior que 10 salários mínimos). Mesmo tendo uma taxa de desocupação menor (7,2%) que a nacional (7,6%) e a estadual (8,1%), o que assusta é o grande número de pessoas vivendo do trabalho informal (50%), muito maior que a taxa estadual (33%) e a nacional (41%). Comparando a evolução das políticas de emprego e desenvolvimento, no período de 2002 a 2011, nota-se uma queda maior em 2007, uma duplicação em 2010 e triplicação em 2011. A equipe do Polis ressaltou a qualidade da participação da população na pesquisa e no debate, tanto no que se refere às intervenções de caráter propositivo, como ao fato de estar representada por diferentes profissionais e por moradores de várias regiões do município.
Nota do Editor: Rui Alves Grilo é professor da rede pública de ensino desde 1971. Assessor e militante de Educação Popular.
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