“Juventude boicotada na Conferência Municipal”
O governo estadual boicotou a realização de quase todas as conferências nos anos anteriores, portanto achei muito estranho quando em maio, antes da publicação do Regimento Interno Nacional, vi o Decreto convocando para a Conferência Estadual da Juventude de São Paulo. Para divulgar as informações sobre as conferências da juventude, Secretaria de Esportes e Lazer, responsável pela organização da conferência, criou o Portal da Juventude - www.juventude.sp.gov.br. No entanto, o portal demorou a ser atualizado disponibilizando o Regimento Estadual. Também não informa quais regiões não fizeram ou não farão as conferências regionais previstas no Regimento Estadual. Para a Conferência Regional, Ubatuba teria direito a 20 delegados. No entanto, a Secretaria de Juventude de São José dos Campos, a quem caberia convocar a Conferência Regional não convocou. A região toda teria direito a 90 delegados, não ficando claro qual seria a porcentagem de delegados de Ubatuba se levarmos em conta a proporcionalidade de habitantes. Também não sabemos se todas as cidades da região realizaram a etapa municipal, condição para a participação na estadual. Portanto, permanece a dúvida sobre o número de delegados havendo a possibilidade de que não possam participar como delegados todos os eleitos por Ubatuba. Liguei para a Secretaria da Juventude de São José dos Campos e a pessoa que me atendeu e não se identificou, disse que não sabia e mandou ligar para a Prefeitura. Liguei para vários vereadores e um dos assessores do vereador Wagner Balieiro me informou que o secretário da Juventude não convocou e não iria convocar pois faltava apoio do Governo do Estado. Portanto, não cabe como fiz, responsabilizar a Comissão Municipal pela impossibilidade de participação de 20 delegados de Ubatuba. Atribui a responsabilidade classificando-a como boicote porque me ative apenas ao Regimento Estadual, sem a informação de que não haveria a etapa regional, que é de praxe, como indica o próprio regimento.
Nota do Editor: Rui Alves Grilo é professor da rede pública de ensino desde 1971. Assessor e militante de Educação Popular.
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