Um lindo filme, premiado. Ainda bem que obra de arte é atemporal, para sempre. Assisti a ele quando era uma garotinha que não conseguia ler todas as legendas, ficava perguntando para as minhas tias. Foram elas que me despertaram para essa arte, pois sempre me levavam ao cinema. Em especial, lembro-me que esse filme mexeu muito comigo, acompanhou-me durante muitas noites quando demorava a pegar no sono e fez parte da formação do meu caráter. Refiro-me a “Marcelino pão e vinho” que foi um grande sucesso na época! Muita gente daquela geração assistiu e emocionou-se como eu, tanto que de tempos em tempos voltava à minha memória, não a película em si, mas a sensação profunda que ela me causou. Ficou comigo sempre aquela vontade de rever “Marcelino pão e vinho”, quem sabe para capturar novamente esse momento da infância... E não é que outro dia lembrei-me do filme? Acessei o YouTube e... lá estava ele... o filme completo com comentários! Assisti, então, com os olhos de hoje e gostei de novo: uma história muito bem contada, uma fotografia impecável, a música linda, os atores excelentes, um filme com razão muito premiado! Porém, mais que tudo, compreendi porque ele calou tão fundo no coração de uma menina: mostrou como a pureza da alma nos aproxima do mundo espiritual através de Cristo. No final do domingo vi no Fantástico a nova “moda” entre pré-adolescentes e adolescentes ricos: baterem uns nos outros até que um deles caia nocauteado e sangrando!!!! Que horror! Até os bárbaros da Idade Média ficariam indignados! São esses filmes de violência, que entram com tanta naturalidade nas casas, os maiores incentivadores desses atos, por isso vemos meninos com onze anos já perdidos para esse sistema destruidor! Se um conselho vale alguma coisa, dou este: passem “Marcelino pão e vinho” para as crianças de sete a nove anos, quem sabe salvaremos algumas!
Nota do Editor: Mariza Taguada, professora de profissão e artista de coração, é paulistana e moradora de Ubatuba (SP) desde os velhos tempos.
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