D’après Garcia Márquez
O reajuste do funcionalismo municipal segue o caminho óbvio. Como os leitores estão carecas de saber - menos o Góis - a "Turma dos Sete" deu 3% além dos 5% do Executivo. O Executivo vetou e devolveu o projeto à Câmara. "Cinco por cento e fim de papo. É pegar ou largar". Na próxima terça-feira o índice será votado novamente. A "Turma dos Sete" vai insistir nos 3%. Bem, isso vai depender das conversas da semana. Em Coaquira nada se estranha. Se você notar algo diferente nos céus, por exemplo, um urubu voando em marcha a ré, não se assuste. That’s Coaquira, diria Shakespeare. "Everything is possible". Caso os vereadores insistam na generosidade restará ao Executivo recorrer à Justiça, o que certamente será feito. Como as decisões judiciais demoram e costumam surpreender, não imagino o desfecho. Só tenho certeza de uma coisa: a toda ação corresponde uma reação, de mesma intensidade, mesma direção e sentido oposto. Vale para a Física, vale para a vida. O aumento é mero pretexto para que um grupo de vereadores expresse descontentamento em relação ao Executivo. Não tivesse havido enfrentamento os funcionários ficariam com os 5% e só lhes restaria também recorrer à Justiça. Ubatuba é assim, quando a coisa é difícil empurra-se para a Justiça. Os salários do Judiciário são bons, mas o trabalho é estafante. Ufa! Existe Lei Municipal cujo teor é claro: "o reajuste do funcionalismo não pode ser inferior à inflação do período". Leis, o que são Leis? Se não forem de nosso agrado podemos mudá-las. Alguém vai roer a corda. Quem será? Façam suas apostas...
Nota do Editor: Sidney Borges é jornalista e trabalhou na Rede Globo, Rede Record, Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo (Suplemento Marinha Mercante) Revista Voar, Revista Ícaro etc. Atualmente colabora com: O Guaruçá, Correio do Litoral, Observatório da Imprensa e Caros Amigos (sites); Lojas Murray, Sidney Borges e Ubatuba Víbora (blogs).
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