Na noite passada tive um sonho estranho, bizarro, mas aterrorizante. Lembro-me de estar sendo perseguido por uma orca faminta. Por mais que eu nadasse não conseguia me afastar daquela boca imensa cheia de dentes. Felizmente encontrei um ponto raso, ufa, desta me safei passou pela minha cabeça, enquanto eu fechava a boca com auxílio das mãos para o coração não escapar. Deitei-me exausto e foi só nesse momento que percebi que o oceano de onde eu havia saído era apenas a cascata da Casa da Dinda. Fiquei apreensivo, como explicar minha presença aos gorilas de Collor? De longe uma gargalhada e um som de Ray Connif impressionaram os meus ouvidos, escondido atrás de uma palmeira acompanhei os passos de dança da ministra Zélia. Enquanto observava os volteios um grupo de seguranças se formou na varanda, olharam para onde eu estava, empunharam as armas, pensei em gritar, em correr, em mergulhar, mas a orca estava lá. Sem ter outra saída acordei. Que bela cascata tinha a Casa da Dinda. Já a ministra Zélia dançava mal...
Nota do Editor: Sidney Borges é jornalista e trabalhou na Rede Globo, Rede Record, Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo (Suplemento Marinha Mercante) Revista Voar, Revista Ícaro etc. Atualmente colabora com: O Guaruçá, Correio do Litoral, Observatório da Imprensa e Caros Amigos (sites); Lojas Murray, Sidney Borges e Ubatuba Víbora (blogs).
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