O Estado brasileiro não tem competência para impedir que um preso sob sua responsabilidade comande um dos maiores esquemas de distribuição de drogas ilícitas do país. De dentro do sistema prisional. Não sou eu que estou afirmando, a mim custa acreditar que seja verdade, mas são tantas as alusões midiáticas de que isso é fato concreto que só me resta ficar boquiaberto. Assim estou, mas tenho como norma ajudar o governo, repito a frase do grande pensador ubatubense, Ditinho: "Não pergunte o que Ubatuba pode fazer por você, pergunte o que você pode fazer por Ubatuba e viva o Pedro Tuzino". Bem, Ditinho costuma se deixar levar por arroubos entusiásticos, o assunto Beira-Mar nada tem a ver com Ubatuba, mas a frase do brilhante filósofo serve para ilustrar minha vontade de ajudar. Por que o governo não reconhece sua incapacidade de lidar com coisas sérias? Seria muito simples resolver o problema, bastaria alugar uma cela em qualquer prisão de segurança máxima do Império. (Essa foi para agradar petistas) É mais prático enviar Fernandinho Beira-Mar aos Estados Unidos do que gastar fortunas tentando impedir que atue no mercado de estupefacientes. Se o Brasil não tem prática em lidar com meliantes, os Estados Unidos tem, não seria melhor exportá-los?
Nota do Editor: Sidney Borges é jornalista e trabalhou na Rede Globo, Rede Record, Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo (Suplemento Marinha Mercante) Revista Voar, Revista Ícaro etc. Atualmente colabora com: O Guaruçá, Correio do Litoral, Observatório da Imprensa e Caros Amigos (sites); Lojas Murray, Sidney Borges e Ubatuba Víbora (blogs).
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