Tenho o "pressentimento" de que alguma manobra jurídica será usada para anular a votação que instituiu a "CPI" da Santa Casa. O termo correto é CEI, embora a comissão tenha os mesmos poderes e as mesmas atribuições das CPIs, que só recebem essa denominação em âmbitos estadual e federal. O governo vai alegar que os vereadores da situação foram coagidos a votar errado e não tiveram tempo de examinar o que estavam votando. Eu já escrevi que quando os vereadores não estiveram completamente seguros deverão pedir adiamento. Depois de uma semana de estudos podem votar com segurança. Outro argumento que poderá ser usado é que as CPIs atrasam os trabalhos legislativos e interferem na governabilidade. Da batalha jurídico-política que começou ontem há pouco o que dizer, o que salta aos olhos é que a situação em que se encontra a Santa Casa é preocupante, assim como era preocupante a pista de Congonhas antes do acidente trágico. Fica no ar a pergunta, se nada há de errado no processo de intervenção da Santa Casa, porque tanta agitação?
Nota do Editor: Sidney Borges é jornalista e trabalhou na Rede Globo, Rede Record, Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo (Suplemento Marinha Mercante) Revista Voar, Revista Ícaro etc. Atualmente colabora com: O Guaruçá, Correio do Litoral, Observatório da Imprensa e Caros Amigos (sites); Lojas Murray, Sidney Borges e Ubatuba Víbora (blogs).