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COLUNISTA
Sidney Borges
20/08/2006 - 17h27
Das eleições
 
 

Em 1974 Orestes Quércia era um ilustre desconhecido e acabou tendo expressiva votação para o senado, derrotando Carvalho Pinto, candidato da situação. Quércia era do MDB, partido de oposição. Na prática a Arena, partido oficial, dizia sim e o MDB retrucava, sim senhor. E nem poderia ser diferente, contra canhões e baionetas não havia muito a argumentar. Por que Quércia ganhou? Carvalho Pinto tinha a reputação construída com base no binômio austeridade e seriedade, era respeitado e já era ocupante de uma cadeira do Senado. Quércia ganhou porque representou o não ao governo militar. A sociedade queria mudar. A sucessão de generais no poder, a falta de liberdade de expressão e a crise do petróleo, principalmente esta, que afetou o bolso da classe média, foram fatores decisivos na vitória esmagadora do MDB. O povo disse alto e em bom som: chega. Infelizmente ainda tivemos de esperar longos onze anos para o recado surtir efeito. A introdução serve como base para traçar um paralelo com o que está acontecendo hoje em Ubatuba. Quem anda pelas ruas sabe que Paulo Ramos cresce na preferência popular. Basta entrar em qualquer bar e perguntar aos que lá estão em quem vão votar. Alguém poderia perguntar como isso é possível, se ainda ontem ele perdeu as eleições municipais tendo a máquina na mão. O que está acontecendo? O povo mudou de opinião? Primeiramente, para responder a essa pergunta, temos de lembrar que cada eleição é diferente da anterior, são fragmentos do tempo que não se repetem. Devemos também levar em conta que eleições legislativas têm características próprias. O senador Eduardo Suplicy, do PT, expressa bem o que estou afirmando. Senador quase vitalício, nunca passou perto de um cargo executivo e jamais passará, não tem perfil e carisma para tanto. O que o povo espera de um deputado ou de um senador é diferente das qualidades que exige para prefeitos, governadores ou presidentes. Paulo Ramos terá seguramente uma votação expressiva em Ubatuba, talvez a maior que um candidato da cidade já tenha conseguido em eleições legislativas. Mas que ninguém faça confusão entre o numero de votos de outubro próximo e o que vai acontecer em 2008. O que podemos afirmar com certeza é que a grande popularidade que Paulo ostenta deve-se ao trabalho incansável de seu maior cabo eleitoral, que é poderosíssimo. Não vá tendo idéias, estou me referindo ao Super-Ditinho.


Nota do Editor: Sidney Borges é jornalista e trabalhou na Rede Globo, Rede Record, Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo (Suplemento Marinha Mercante) Revista Voar, Revista Ícaro etc. Atualmente colabora com: O Guaruçá, Correio do Litoral, Observatório da Imprensa e Caros Amigos (sites); Lojas Murray, Sidney Borges e Ubatuba Víbora (blogs).
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