A tendência dos apartamentos pequenos cresce principalmente nas grandes cidades. O espaço reduzido não significa que a decoração interna tenha perdido importância, pelo contrário, praticidade, minimalismo e conforto são características cada vez mais relevantes.

Sobre as novas formas de morar, a arquiteta e designer de interiores Marli Assis indica que, “é inevitável, as pessoas estão simplificando seus padrões de vida, grandes decorações e extravagâncias não combinam com a rotina corrida das cidades. Existem cada vez mais pessoas vivendo mais com menos”.

Marli conta quais são os primeiros passos para o desenvolver uma cozinha reduzida. “Começo com o levantamento dos equipamentos que serão usados, considero as dimensões da área, voltagem das tomadas e a estrutura necessária para as instalações. Depois distribuo as bancadas, balcões, cubas e armários, sempre dependendo das necessidades dos moradores”, afirma a especialista.

A designer também conta algumas dicas para criar cenários aconchegantes em ambientes pequenos. “O foco deve estar na circulação confortável, então o mobiliário precisa ter tamanhos compactos porém aconchegantes. Integrar espaços pode permitir um layout mais bem resolvido e amplo”, relata a arquiteta.

Outra escolha que pode mudar a sensação de amplitude da cozinha é a cor das paredes e dos aparelhos. “Tons claros passam uma percepção maior de limpeza e espaço, mas é legal não ficar só no branco, isso pode deixar a atmosfera monótona. Paredes coloridas e até pastilhas adesivas com cores vibrantes podem dar mais personalidade”, afirma a especialista.

Muitas vezes o ambiente parece menor do que realmente é, seja por ter excesso de itens ocupando espaço ou por erros de iluminação. “A luz precisa estar muito bem distribuída, de modo uniforme. Podemos também trabalhar com lâmpadas dedicadas à pontos específicos como bancadas mas sempre evitando sombras e obstruções visuais, cantos escuros contribuem com o sentimento de aperto e deixam o espaço menos convidativo”, explica a arquiteta.

Montar uma cozinha completa exige concentração aos detalhes e medidas, principalmente quando se tem menos espaço.” Ao contrário do que se pensa, quanto menor é a área, mais atenção é necessária para otimizar o uso. Ergonomia e volumetria são conceitos que precisam ser muito bem trabalhados, em especial quando se desenha peças especiais para atender demandas específicas”, encerra Marli.