Que os meus dias parecem mais curtos, eu sei! Que o que eu quero não cabe no meu dia, eu também sei. Minha dúvida é: Como tudo isto começou? Aonde foi que eu tropecei? Por que o caldo entornou? Em que momento eu resisti? Por que eu desisti? O que foi que eu fiz? Ou será que não fiz? Escolhi certo? Escolhi errado? Qual é o melhor caminho? Alguém aí, me dá a mão? E o amor? Ainda existe? Oh vida que segue... Os dias foram abreviados diante da loucura que nos assola. Este querer desenfreado, que nos fere e nos faz reféns. Não quero dias longos. Quero dias bem vividos. Quero acordar e fazer planos sem medo; Sem olhar no relógio; Sem controle remoto; Sem senhas de acesso... Que os meus dias sejam de simplicidade e cura. Que toda corrida exacerbada e acompanhada por gritos, seja diluída em doses de silêncio e passos lentos - serenos. Quero calma na minh’alma; Quero mais amor; Olho no olho; Mais braço no abraço; Mais boca neste beijo; Mais vida nesta vida... Oh vida que segue!
Nota do Editor: Ana Crivelari é formada em Gestão Financeira, porém, desde menina desenvolveu grande paixão pela leitura e escrita. Hoje mantém aceso o seu espírito poético divulgando os seus trabalhos em sua página. Participou da coletânea de dois livros: Gandavos – Contando outras histórias e Considerações sobre a arte de escrever e outras crônicas.
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