Já não me sinto com os pés descalços e a alma nua... Só há em mim uma fé que fez varredura em todas as crendices que me arrastavam pra trás e me trouxe cura. Saber que nunca estou só me faz repousar enquanto trabalho, sonhar acordada e ainda querer mais. Não há prisões. Trago doces convicções comigo. Carrego afetos e nenhum peso. Só a leveza de alguns desfechos circulares de uma vida e muita história pra contar. Hoje quero mais braços no abraço e o amparo de amores verdadeiros. Quero a sincronia feliz e rítmica, feito criança que dança na chuva, olhando pro céu e sorrindo, dialogando com Deus. Sabe, levou algum tempo, mas aprendi a renegar os maus sentimentos – os meus e os dos outros. Desacelerei. Hoje, sou feliz do meu jeito, às vezes, por teimosia, consigo ser ainda mais...
Nota do Editor: Ana Crivelari é formada em Gestão Financeira, porém, desde menina desenvolveu grande paixão pela leitura e escrita. Hoje mantém aceso o seu espírito poético divulgando os seus trabalhos em sua página. Participou da coletânea de dois livros: Gandavos – Contando outras histórias e Considerações sobre a arte de escrever e outras crônicas.
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