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COLUNISTA
Evely Reyes
11/05/2013 - 11h19
O Sopão do GEPE-Messejana
 
 

Chegamos ao prédio por volta de 07h15min, daquele domingo, 28 de abril de 2013. Claudia, a coordenadora, nos recebeu sorridente e muito satisfeita pela nossa presença e disposição em trabalhar.

No silêncio daquela manhã que tanto prometia, apresentou-nos todas as dependências do andar térreo e do piso superior.

Num piscar de olhos foram chegando os voluntários que contribuem na organização e execução do evento que tem vez todos os domingos, na sede do Grupo Espírita Paulo e Estevão do bairro de Messejana.

Iniciamos nossa primeira tarefa com a orientação dos mais experientes e passamos a picar todos os legumes e verduras dispostos no balcão daquela cozinha tão simpática e cheia de energia boa, em que permanecemos por bastante tempo.

Batata, cenoura, chuchu, repolho, beterraba, abobrinha, soja e tantos outros foram sendo acrescentados numa panela imensa, que de tão grande era impossível de ser abraçada, tamanho era seu diâmetro.

O clima era de muita cordialidade e todos conversavam como velhos conhecidos, apesar de termos sido apresentados alguns minutos antes. A vibração estava na mesma sintonia e tudo fluía com muita alegria na elaboração do Sopão, que horas mais tarde seria servido a todos.

Com a chegada das crianças e seus pais dirigimo-nos ao salão do piso superior para o início dos trabalhos de evangelização infantil. Após as mensagens apropriadas e ao término da cantoria das crianças, elas foram encaminhadas para suas salas, de acordo com as respectivas idades.

Juliete, Fabrícia, Vania e eu, que éramos visitantes fomos distribuídas em salas diferentes para acompanhar as tarefas a serem desenvolvidas pelos monitores responsáveis de cada turma.

As crianças, tão logo tiveram suas presenças registradas se serviram de iogurte e em seguida assistiram a uma aula descontraída de educação moral, com base no Evangelho e norteada pelos princípios da Doutrina Espírita.

“Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo” é a mensagem maior que se for seguida pressupõe resultados maravilhosos de um querer incondicional e de nunca fazer ao seu vizinho aquilo que você não gostaria que fizessem a você.

Meninos e meninas ali presentes entenderam muito bem o que tudo isso quer dizer e o quanto de positivo pode ser acrescentado em suas vidas se trilharem um caminho de bom senso.

Logo depois, conforme determinou a monitora da minha sala, li uma história sobre o tema proposto que foi reencarnação e em seguida as crianças fizeram recortes nas revistas para colagens a serem expostas e afixadas nas paredes de cada sala.

Foi uma festa, porque adoram lidar com tesouras e colas e ficam entusiasmados, transformando tudo num evento espetacular. Não queriam parar de brincar e só o fizeram porque na sequência, acompanhado de pãezinhos, foi servido o Sopão que fizemos no início da manhã.

Não experimentei, mas todos disseram que estava delicioso. A panela ficou completamente vazia e as crianças só falavam que queriam repetir mais uma vez.

Terminados os trabalhos, limpamos nossa sala, nos despedidos das crianças, de todos os amigos voluntários e nos encaminhamos para a saída.

O horário estava próximo do meio-dia e já era hora de ir para a casa.

A manhã tinha sido muita produtiva e gostosa. Estávamos todos muito felizes pela pequena colaboração que havíamos dado àquela comunidade carente do bairro de Messejana.

Podem ter sido algumas gotinhas no oceano de necessidades que o mundo carece, mas com certeza essa água seria um pouco menor não fossem as nossas gotinhas.


Nota do Editor: Evely Reyes Prado, reyesevely@yahoo.com.br, paulistana, formada em Direito pela PUC-SP, morou em Ubatuba por vinte anos, onde aposentou-se pelo Tribunal de Justiça - SP e foi integrante da APAUBA - Associação Protetora dos Animais de Ubatuba. É autora de contos em Antologias diversas, e dos livros “Tudo Tem Seu Tempo Certo” e “Do Um ao Treze”, encontrados através do site www.scortecci.com.br.
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