Às vezes, saio de mim pra escrever sobre mim mesma, e aí, então, procuro me ver como se fosse outra e não eu... Me analisando assim, desta forma, sou capaz de enxergar alguns pontos cegos, aqueles que só as outras pessoas conseguem ver... Assim, vejo que os meus defeitos são terríveis e sempre tento me redimir comigo mesma, de alguma maneira... Às vezes, quando saio de mim, me levo pra passear, me dou presentes, me cuido bem e por um bom tempo, não me esqueço, não me maltrato mais. Sair de mim, significa pausar o meu piloto automático, é quando tudo que está condicionado a ele cessa, o que me obriga a reavaliar as coisas. É quando as verdades saem naturalmente e consigo desmascarar as minhas mentiras - aquelas que por algum motivo, um dia, eu escolhi pra mim... Alto lá! Quando saio de mim, há muitas verdades por dizer...
Nota do Editor: Ana Crivelari é formada em Gestão Financeira, porém, desde menina desenvolveu grande paixão pela leitura e escrita. Hoje mantém aceso o seu espírito poético divulgando os seus trabalhos em sua página. Participou da coletânea de dois livros: Gandavos – Contando outras histórias e Considerações sobre a arte de escrever e outras crônicas.
|