Não. Ela não é Cora Coralina, mas tem um quê de Aninha e ainda faz doces... Ela não é Lya Luft, mas aprendeu a sobreviver entre perdas e ganhos. Também não é Cecília Meirelles, mas já poematizou: Marina e Mariana... Ela é só uma mulher, que fez questão de esquecer a idade que tem, desde que começou a fazer o que sempre quis... (escrever) Tudo que faz, há de ter um pouco de escrita: no começo, meio e fim. Ela é mãe que trabalha dentro e fora de casa e ainda estuda! Escreve... Como quem escreve para luzir ainda mais os dias felizes, ou, às vezes, para doer menos em dias tristes... É, escrever pra ela, pode amenizar a sua dor, e não tão raro, até estancar algumas feridas. Talvez, seja por isto, que vez ou outra, entre uma pia cheia de louças e um tanque cheio de roupas sujas pra lavar, ela opte por lavar a alma e, misteriosamente, brote na tela do seu computador: um poema... E não é que tudo fica bem? E assim, ela segue, desabrochando a cada novo dia, pois a cada novo texto, uma história tem que acontecer. A vida dela está começando agora...
Nota do Editor: Ana Crivelari é formada em Gestão Financeira, porém, desde menina desenvolveu grande paixão pela leitura e escrita. Hoje mantém aceso o seu espírito poético divulgando os seus trabalhos em sua página. Participou da coletânea de dois livros: Gandavos – Contando outras histórias e Considerações sobre a arte de escrever e outras crônicas.
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