Nem sempre, olhar-se no espelho significa, enxergar-se... Às vezes quando olho no espelho, É uma menina que vejo... Aquela menina que ficou pra trás, mas que insiste em estar presente... As marcas do meu tempo e as dores trazidas, Fui eu quem senti, não foi ela... Eu sou: Razão, Pés no chão... (Eu sou assim e não ela...) Se preciso for, brigo para não sentir nada... Tenho medo de sentir medo, de tanto medo que tenho... A menina que vejo é toda emoção; Ainda brinca com os pés descalços, porém, nas nuvens... Ela vai sempre além de mim; Esta menina ainda é livre pra sentir... Sentir o que quiser; Pois sabe, que sentir, É a única coisa que faz sentido... Ela ainda acredita em sonhos, E ainda me alcança no espelho... Tem dias que sou eu; Já em outros, sou ela... De agora em diante, Aonde esta menina for, Eu estarei lá... É o meu espelho, esta menina...
Nota do Editor: Ana Crivelari é formada em Gestão Financeira, porém, desde menina desenvolveu grande paixão pela leitura e escrita. Hoje mantém aceso o seu espírito poético divulgando os seus trabalhos em sua página. Participou da coletânea de dois livros: Gandavos – Contando outras histórias e Considerações sobre a arte de escrever e outras crônicas.
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