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COLUNISTA
Evely Reyes
04/02/2012 - 10h02
Proteção e respeito aos animais
 
 
Evely Reyes 

Eu o resgatei daquele campo de futebol onde havia sido amarrado para morrer e levei-o a um local improvisado para que pudesse receber os tratamentos necessários à sua reabilitação.

Em primeiro lugar acabei com todos os carrapatos hospedados ao longo de seu dorso, patas, pernas, orelhas e rabo e em seguida cuidei de sua alimentação para que saísse daquele estado de desnutrição.

Algum tempo depois ele tomou antibiótico a fim de que seu organismo reagisse contra as infecções nos ouvidos e em seguida foi vermifugado por duas vezes, no tempo necessário. Apesar de ter sido atropelado, por sorte não chegou a fraturar nenhum osso.

Quatro meses se passaram e ele continua ainda morando no local provisório onde foi acomodado, pois sua recuperação foi lenta, mas eu o levo três ou mais vezes ao dia para dar longas caminhadas e parece outro cachorro diante da postura e aparência física que apresenta.

Os vizinhos ficaram sensibilizados com sua história e vez por outra comentam sobre o estado atual deste sobrevivente de nome Duque.

Ele é inteligente e seus hábitos de higiene são admiráveis, pois somente faz suas necessidades fisiológicas no instante em que o levo à rua.

Em momentos de muita emoção dá pulinhos de alegria com a minha chegada, mas nunca deixa de abanar o rabo. Nas ocasiões em que está aflito para sair, manifesta essa urgência correndo agitado para a porta.

Desde a época em que o encontrei ele já se mostrava agradecido com esse vai-e-vem de sua cauda, tendo sido uma das coisas que me chamou a atenção.

Como de hábito, recolho suas fezes para não sujar a via pública e poluir mais ainda o planeta, enquanto ele pacientemente aguarda e observa os acontecimentos.

Ele já não é aquele cão que mal conseguia permanecer em pé de tão anêmico e doente: agora tem força e fica satisfeito quando escolhe o caminho a ser percorrido. É cheio de vontade, com todos os seus dezesseis anos de vida.

Há muito que fazer pelo Duque para que eu possa trazê-lo para o convívio com os meus outros bichos, porque ele é nervoso em relação a desconhecidos e vai ter que se acostumar aos poucos.

Deve ter sofrido bastante e ficou ressentido, mas tem uma boa índole e penso que será uma questão de tempo.

O pior já passou e o melhor de tudo foi ter conseguido reescrever sua história de vida!

Isso foi demais!


Nota do Editor: Evely Reyes Prado, reyesevely@yahoo.com.br, paulistana, formada em Direito pela PUC-SP, morou em Ubatuba por vinte anos, onde aposentou-se pelo Tribunal de Justiça - SP e foi integrante da APAUBA - Associação Protetora dos Animais de Ubatuba. É autora de contos em Antologias diversas, e dos livros “Tudo Tem Seu Tempo Certo” e “Do Um ao Treze”, encontrados através do site www.scortecci.com.br.
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