23/11/2024  14h11
· Guia 2024     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
COLUNISTA
Evely Reyes
26/08/2011 - 17h00
Amor de mãe
 
 

Se esta senhora ainda estivesse presente nesse mundo completaria 85 anos de idade no dia 26 de agosto.

Tenho boas recordações e uma imensa saudade, pois ficou muito amor de nossa tão agradável convivência.

Nossa história teve início porque minha mãe apresentava uma saúde frágil e a partir do dia em que nasci sua bronquite asmática ficou mais agravada, a ponto de necessitar de muitas internações hospitalares.

Nestas idas e vindas, em razão de meu pai estar sempre no trabalho, minha tia Helena era a pessoa que cuidava de mim, em todos os minutos. Com o passar do tempo ela acabou por se dedicar inteiramente em razão do falecimento de minha mãe.

Ela foi casada, mas desquitou-se aos vinte e um anos de idade e por ser uma mulher à frente de seu tempo, havia estudado na Fundação Armando Alvares Penteado, trabalhava fora, fumava e conduzia seu próprio veículo pelas ruas do bairro do Cambuci, em São Paulo.

Aprendi o que era o amor de mãe de alguém que não era verdadeiramente minha mãe. Nunca tive nenhum tipo de dificuldade com isso e fui muito grata a ela por todo o seu afeto.

Soube discernir, através de seus ensinamentos, que tudo de ruim que acontece em nossas vidas têm uma razão de ser e que não se pode desanimar diante das adversidades, pois sempre existe alguém com problemas maiores.

Eu brincava com ela muitas vezes e dizia que era “dona da cadeira número 32 da Academia Brasileira de Letras” diante de seu extenso vocabulário, pois não havia palavra que não conhecesse o significado.

Era possuidora de vasta biblioteca, composta por livros de diversos gêneros e sua maior alegria era ser presenteada com mais um, fosse de autor nacional ou estrangeiro, desde que de qualidade.

Nossa vida em comum foi sempre pautada na sinceridade e no respeito, motivo pelo qual nos tornamos grandes amigas.

Pensar nela é recordar os momentos maravilhosos que foram compartilhados, rememorar a grande pessoa que ela foi, com sua personalidade forte, muito alegre, metódica, íntegra e completamente autêntica.

O Universo conspirou para que ela viesse ao mundo no dia 26 de agosto de 1926 e demonstrasse às pessoas a importância do amor incondicional de uma pessoa que se torna mãe sem na verdade ser!

Que esteja em Paz onde estiver e saiba que jamais será esquecida!


Nota do Editor: Evely Reyes Prado, reyesevely@yahoo.com.br, paulistana, formada em Direito pela PUC-SP, morou em Ubatuba por vinte anos, onde aposentou-se pelo Tribunal de Justiça - SP e foi integrante da APAUBA - Associação Protetora dos Animais de Ubatuba. É autora de contos em Antologias diversas, e dos livros “Tudo Tem Seu Tempo Certo” e “Do Um ao Treze”, encontrados através do site www.scortecci.com.br.
PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "CRÔNICAS"Índice das publicações sobre "CRÔNICAS"
31/12/2022 - 07h23 Enfim, `Arteado´!
30/12/2022 - 05h37 É pracabá
29/12/2022 - 06h33 Onde nascem os meus monstros
28/12/2022 - 06h39 Um Natal adulto
27/12/2022 - 07h36 Holy Night
26/12/2022 - 07h44 A vitória da Argentina
ÚLTIMAS DA COLUNA "EVELY REYES"Índice da coluna "Evely Reyes"
18/10/2022 - 05h44 Aqueles cães abandonados foram resgatados
17/10/2022 - 05h59 Opção para quem não come carne
13/10/2022 - 06h09 Quem são Neguinho e Foquinha...
13/06/2018 - 08h13 Chocolate: mais um cão abandonado em SP
21/04/2018 - 07h52 Prefeitura promete castração e muito mais
28/01/2018 - 07h42 Gestão consciente 1 X Crueldade 0
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2024, UbaWeb. Direitos Reservados.