Se é amor, que seja então inteiro! Sou muita intensa pra viver um quase-amor... Nada que é pela metade, me seduz. Só um verdadeiro amor me sacia, então, que seja verdadeiro enquanto dure, caso contrário, melhor nem tentar, pois qualquer coisa que se pareça com o amor, mas não o seja de fato, me levará a insatisfação, à renúncia, a não-entrega! Meu encantamento é pelo desvario, é pela intensidade dos sentimentos, é a doação múltipla e duplamente vivida. Gosto do olho no olho, do abraço apertado, do beijo molhado e de ouvir e ser ouvida com o coração, de forma, que não seja preciso falar nada, mas que a compreensão se faça no silêncio e que neste silêncio haja paz, aquela que alcançamos somente dentro de nós mesmos... A paz que só o amor nos revela, no momento em que nos revelamos a ele. Enquanto houver amor, quero manter esta chama acesa, este "encantamento", esta inteireza pulsante dentro de mim. Como já dizia Vinicius de Moraes: Que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure.
Nota do Editor: Ana Crivelari é formada em Gestão Financeira, porém, desde menina desenvolveu grande paixão pela leitura e escrita. Hoje mantém aceso o seu espírito poético divulgando os seus trabalhos em sua página. Participou da coletânea de dois livros: Gandavos – Contando outras histórias e Considerações sobre a arte de escrever e outras crônicas.
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