A demissão do técnico Celso Roth pelo Internacional era carta marcada. Todo mundo sabia que, pelas idéias e a maneira que a equipe estava jogando, cedo ou tarde, seria inevitável a sua saída. Aliás, em minha opinião, ainda, demorou muito a acontecer, pois já devia ter ocorrido no início da temporada. Mas, antes tarde do que nunca. A opção da direção colorada pelo nome de Paulo Roberto Falcão me parece acertada por vários motivos. Primeiro que, não há dúvidas sobre o conhecimento do “Bola-bola” sobre futebol. Ele tem capacidade para reorganizar um time que possui um dos melhores grupos do Brasil. Segundo é a atual situação do mercado brasileiro de técnicos de futebol. Atualmente, o Inter precisa de um nome que entre no vestiário e tome o comando de forma indiscutível. Esses seriam Muricy Ramalho e Abel Braga, ambos empregados. Falcão preenche esse quesito e acrescenta o fato de ser ídolo da torcida, o que geralmente faz com que eventuais erros sejam amenizados, já que há a compreensão que o técnico está fazendo de tudo para o time ganhar. Vide o Grêmio com o Renato Gaúcho e a sua identificação com a torcida. O mesmo deve acontecer agora com o Inter. Ainda, tem o fator imprensa, que com o ex-comentarista à frente do comando colorado, existe uma tendência de suavização das críticas, visto que até pouco tempo ele estava do lado de lá. Em contrapartida a contratação do Falcão, há o quesito que ele está um longo tempo afastado dos gramados. No entanto, é sabido que ele vem se preparando para voltar à atividade de técnico, tanto é que, ele nem foi à Copa do Mundo do ano passado para estudar com mais afinco os times. Esse retorno a beira do campo do Falcão me parece ser uma tentativa de reescrever sua trajetória como Técnico de futebol, desta vez, de forma vitoriosa. Uma forma de “apagar” as páginas escritas no início dos anos 90. Como em qualquer Clube, a troca de técnico sempre é um incógnita. No Internacional não é diferente. Dará certo? Só o tempo e os resultados dirão. De momento, a escolha de Paulo Roberto Falcão é uma boa aposta.
Nota do Editor: Rodrigo Ramazzini é cronista.
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