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Desde pequena sou apaixonada por bichos e acredito que seja hereditário, porque meu avô materno, meu pai e minha mãe sempre tiveram um grande amor pela natureza e toda sua fauna exuberante e diversificada. Recordo que nos finais de semana, em companhia deles, ficava assistindo aqueles documentários sobre animais selvagens, aprendendo sobre seus comportamentos, a forma e o meio em que viviam e as horas passavam céleres, voando como pássaros diante de tanto contentamento. Naquela época não tinha noção de como os animais sofrem e como são castigados pela soberba do ser humano. Com o passar dos anos fui percebendo o quanto eles eram vítimas constantes de maus-tratos e de inúmeras crueldades e de como muitas vezes, tudo encontra-se institucionalizado, por ser mais cômodo para todos. No instante em que esse lado sensível e humano começou a aflorar dentro de mim nunca mais fui a mesma pessoa e a partir de então tornei-me incapaz de ignorar tais fatos. Existem pessoas que não se compadecem do sofrimento dos animais, pois julgam que são apenas animais e portanto não merecem nossa compaixão. É natural ficarmos indignados diante de crimes praticados contra pessoas, mesmo que não sejam nossas conhecidas, por que temos um coração e sabemos o quanto é horrível sentir dor ou ser vítima de quaisquer ofensas à nossa integridade física. Quanto mais indefeso o ser que sofre, mais cravada de fatores agravantes tornar-se a atitude do agente criminoso. Agora eu pergunto: e os animais? O que acontece quando, por exemplo, um bicho é agredido a ponto de ter suas quatro patas quebradas e em seguida abandonado à própria sorte? Os animais possuem células nervosas que transmitem ao cérebro os estímulos da dor e numa situação dessas, certamente ele sofre por demais. Esse animal de que estou falando é uma cachorra Pit Bull, que diante de tamanho espancamento contraiu bicheiras em razão das inúmeras lesões pelo corpo. Impossibilitada de se locomover, permaneceu por aproximadamente 15 dias, sob sol e chuva, alimentando-se do próprio mato em que foi jogada para morrer. Desidratada e em choque foi resgatada por José Carlos Orlandin, do Craae - Centro de Reabilitação para Adoção Animal Evidência e hoje encontra-se internada à Rodovia Raposo Tavares, km 19,5, na cidade de São Paulo, sob os cuidados dos médicos veterinários da Clinica Veterinária Raposo. Se sua reabilitação ocorrer da forma esperada, com a cicatrização total das feridas e o fim do quadro anêmico apresentado, ela deverá ser submetida a seis cirurgias e posteriores fisioterapias para que finalmente possa voltar a andar, a partir do próximo dia 27 de fevereiro. Faço parte da campanha que arrecada fundos para custear todos esses procedimentos cirúrgicos, bem como as despesas resultantes da internação e caso você esteja sensibilizado e queira contribuir, efetue o depósito de qualquer quantia que não lhe faça falta, mas que será de grande valia para salvar a vida da Vida. (BRADESCO, agência 1416-8, conta corrente n 0500449-7, em nome de BENILDES ALVES DE OLIVEIRA). Calculou-se que para cobrir os custos num curto espaço de tempo são necessários 60 colaboradores que recolham a importância de R$ 50,00 (cinquenta reais) pois as despesas são grandes, mas qualquer quantia é bem-vinda. Para confirmar o depósito feito, envie um e-mail para craae2010@hotmail.com a/c J Carlos Orlandin, com o título VAMOS FAZER A VIDA ANDAR (R$ 50,00) ou SALVAR A VIDA (outras contribuições). Penso que casos deste tipo deveriam ser exemplares para a nossa sociedade. É importante demonstrar que para toda a maldade humana que insiste em fazer sofrer, humilhar e maltratar sempre vai existir quem esteja disposto a proteger, respeitar e amar os animais, por que na verdade somos parte integrante desse Universo, num interligar de partículas, das quais todos nós somos formados. Manifeste-se a favor da Vida de alguma forma para que essa digna atitude faça parte de sua história de vida, em protesto a desonrosas perversidades do dia a dia.
Nota do Editor: Evely Reyes Prado, reyesevely@yahoo.com.br, paulistana, formada em Direito pela PUC-SP, morou em Ubatuba por vinte anos, onde aposentou-se pelo Tribunal de Justiça - SP e foi integrante da APAUBA - Associação Protetora dos Animais de Ubatuba. É autora de contos em Antologias diversas, e dos livros “Tudo Tem Seu Tempo Certo” e “Do Um ao Treze”, encontrados através do site www.scortecci.com.br.
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