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COLUNISTA
Rodrigo Ramazzini
10/12/2010 - 10h14
Cartinha ao Papai Noel
 
 

Querido Papai Noel! Se bem que... só será querido caso atenda ao meu pedido. Mas vou começar assim mesmo, afinal, sempre que se quer algo de alguém, costuma-se agradar essa pessoa antes. Então, vamos lá: querido Papai Noel! Esse ano me antecipei na elaboração da cartinha com os meus pedidos de natal, visto que, no ano passado, como bom brasileiro, deixei para postar o envelope na véspera do Natal e, com isso, acho que o senhor não recebeu ou não teve tempo de me entregar os meus presentes tão simples. Confesso que, e não conte para ninguém essa confissão, mas desconfio que aquele pessoal de amarelo dos Correios extraviou a minha carta. Não confio em ninguém de amarelo depois da participação da seleção brasileira na última Copa do Mundo de Futebol, quando fiz duzentas apostas que a nossa seleção seria a campeã da competição na África do Sul e perdi todas. Estou pagando dívidas de apostas até hoje. Mas voltando a carta do ano passado, só para o senhor ficar sabendo o que eu queria ganhar, tudo coisa simples, tipo um carro, modelo Ford Fusion, sendo que nem precisava ser zero quilômetro, um reajuste de 349% no salário, logicamente, sem aumento de trabalho, uma noite com a Juliana Paes ou com a Ellen Roche. Tá, podia ser a Karina Bach, ou, ou, ou nem lembro o nome das outras. Era uma lista grande. Mas, enfim... Deixa pra lá! (Aliás, que fique em segredo isso entre nós, também.) Além disso, tinha pedido um grande título para o meu time do coração. Mesmo sem a sua importante ajuda, um já se confirmou e o segundo está a caminho. Também, tinha pedido uma viagem ao redor do mundo para ser aproveitada durante as minhas férias. Ninguém é de ferro e eu também preciso descansar. Mas tinha que ser com acompanhante, afinal, a patroa teria que ir junto, pois não me deixaria “solto nos estrangeiro” sozinho. Sabe como é mulher, né? Aliás, aproveitando que toquei no assunto e estava pensando sobre isso outro dia, tenho uma curiosidade: a Mamãe Noel não te enche muito saco quando o senhor sai para entregar presentes, Papai Noel? Não rola um ciúme? Essa história de entrar na casa das pessoas, coisa e tal, de repente, tem alguma mulher sozinha, carente, sabe como é essa época do ano... O senhor vai lá e “pá e pum”... rapidinho, hein? Vai dizer que nunca rolou uma parada dessas, hein? Não mente! Não mente! O senhor tem cara de sacana! Opa! Acho que... Não que isso seja ruim, Papai Noel. Foi um elogio! Um elogio, viu? Não vá interpretar de outra maneira. Não quero ficar pelo segundo Natal seguido sem ganhar presente. Pelo amor de Deus! Como o senhor mesmo viu a minha lista era bem simples de ser atendida no ano passado e no fim acabei ficando sem nada... Mas vamos voltar para os meus pedidos, que é o assunto principal dessa carta e deixar essas histórias paralelas de lado. Desde pequeno, antes de pedir qualquer presente, perguntavam-me: se comportou bem esse ano? Obviamente, que eu respondia que “sim”, com direito a tecer vários argumentos ao meu favor. Embora muitas vezes tivesse que inventar esses argumentos para me favorecer porque a coisa estava feia para o meu lado. Por isso, já antecipo nessa carta que nunca antes na minha história de vida comportei-me tão bem como esse ano. Já que o critério de classificação entre “bem ou mal” pode ser subjetivo, dependendo de quem faz a avaliação, assim já classifiquei o meu ano. Ainda, ouso em complementar com um: exemplar. Por isso, com toda a humildade que me é característica, venho pedir-lhe de presente neste Natal, algo muito simples, mas de suma importância para o meu futuro. Diferentemente do ano passado, esse ano quero apenas um presente: os seis números que serão sorteados na Megasena da virada! Viu como é simples, Papai Noel? Aguardo ansiosamente o dia 25. Aquele abraço!


Nota do Editor: Rodrigo Ramazzini é cronista.
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