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COLUNISTA
Evely Reyes
04/10/2010 - 07h05
Dia Internacional dos Animais
 
 

Há a aproximadamente sete anos atrás, pesquisadores da Universidade de Harvard, juntamente com colegas dos Estados Unidos e da Alemanha comprovaram que os cães adultos ou filhotes são os animais que melhor entendem os sinais emitidos pelo ser humano, ganhando até dos chipanzés. Esta vitória foi atribuída ao longo processo de domesticação pelo qual o homem foi transformando os cães nos companheiros mais fiéis de sua existência.

Embora ambos façam parte de grupo social diverso, o homem conseguiu criar uma associação até certo ponto benéfica para ambos, mas com o controle total sobre o grupo animal.

Essa domesticação iniciou-se há aproximadamente 14.000 anos, no Oriente Médio, conforme dados arqueológicos, quando o lobo passou a fazer parte da estrutura social humana.

Desde pequena, sempre fui apaixonada pelo mar, pela lua, pela natureza, suas plantas e bichos! Talvez o respeito a tudo isso estivesse presente demais na minha herança genética, fazendo com que eu procedesse da mesma forma que meu avô italiano, minha mãe brasileira ou meu pai boliviano, agindo como uma protetora dos animais desde cedo.

Sempre que havia possibilidade, resgatava da rua algum filhote de gato ou cachorro, trazendo-o para o apartamento em que morava na Vila Mariana, a fim de que fosse salvo do abandono em que se encontrava pelas ruas de São Paulo. Obviamente os tempos eram outros e não existiam animais desabrigados como nos dias de hoje.

Mas o tempo foi passando e minha personalidade foi sendo delineada com princípios éticos em relação a todos os seres viventes, pois felizmente fazia parte de uma família em que as plantas, os pássaros, e os bichos de modo geral eram considerados.

Sabia que os animais sem raça definida eram tão importantes quanto aqueles que tinham pedigree, e que só estavam pelas ruas por terem sido largados pelas pessoas, em razão de motivos fúteis ou de total desrespeito.

Alguns anos depois, residindo em Ubatuba, Litoral Norte de São Paulo, tive a honra de ser integrante da APAUBA - Associação Protetora dos Animais de Ubatuba, num período em que a cidade não contava com políticas públicas que fossem a eles direcionadas.

Essa entidade, representando a cidade de Ubatuba, em conjunto com Porto Alegre, Rio de Janeiro e Brasília chegou a organizar uma caminhada pela Av. Professor Thomaz Galhardo, saída da Praça Bip, em repúdio à crueldade praticada contra os animais, com importantes discursos ao final do trajeto, entre eles do então presidente da OAB, dr Luiz Celso Rocha.

Muitos anos depois, a APAUBA encerrou suas atividades, mas deixou muitas sementes do grande trabalho desenvolvido e a certeza de que essa luta faz parte do dia a dia de cada cidadão que goste ou não de animais.

Como bem afirmou um santo homem: “Todas as coisas da criação são filhos do Pai e irmãos do homem... Deus quer que ajudemos aos animais, se necessitam de ajuda. Toda criatura em desgraça tem o mesmo direito a ser protegida”.

Conhecido como São Francisco de Assis, Giovanni di Pietro di Bernardone, nascido a 26 de setembro de 1182 e morto em 04 de outubro de 1226 foi um frade católico na Itália, que voltado para uma vida religiosa de plena pobreza, fundou a Ordem Mendicante dos Frades Menores, mais conhecida como a Ordem dos Franciscanos.

Independente de ser católico, é importante salientar o fato de que vivenciava sua postura de bondade e de admiração em relação ao homem e à natureza, dedicando-se aos mais pobres dos pobres e amando todas as criaturas, como seus irmãos.

Que este dia 04 de outubro seja sempre lembrado como o Dia Internacional dos Animais, e também a data em homenagem ao seu tão nobre protetor!

Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente você estará fazendo o impossível.” São Francisco de Assis


Nota do Editor: Evely Reyes Prado, reyesevely@yahoo.com.br, paulistana, formada em Direito pela PUC-SP, morou em Ubatuba por vinte anos, onde aposentou-se pelo Tribunal de Justiça - SP e foi integrante da APAUBA - Associação Protetora dos Animais de Ubatuba. É autora de contos em Antologias diversas, e dos livros “Tudo Tem Seu Tempo Certo” e “Do Um ao Treze”, encontrados através do site www.scortecci.com.br.
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