Carregando um desenho, o menino chega da escola e encontra o pai sentado em uma cadeira da mesa de jantar de casa. - Pai! Pai! Pai! E o pai sem tirar os olhos de um papel que está verificando, responde ao menino, que está cheio de empolgação: - Hã? - Pai! Pai! Olha o meu desenho, olha! Tirei nota máxima! - Muito bom... - A professora elogiou bastante o meu desenho! - Muito bom mesmo... - Ela disse que eu fui o melhor da turma! - Com certeza melhor que o esperado... - Disse, também, que se eu seguir desse jeito irei passar de ano fácil, fácil! - Nesse ritmo se atinge a meta... - Além disso, a professora falou que estou me comportando muito bem! - O esforço valeu à pena... - Esforço, pai? - É... - Isso é bom? - É ótimo! - Que legal! Ao ouvir a avaliação positiva do pai, o menino feliz da vida se despede e ruma para o quarto. O pai analisando pela última vez o papel que tinha em mãos, “falando sozinho”, explana: - Muito bom mesmo! E então, grita para a esposa que estava na cozinha: - Amor! Viste quanto deu a nossa conta de luz? Fizemos uma economia fantástica nesse mês!
Nota do Editor: Rodrigo Ramazzini é cronista.
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