Chegou em casa agoniada. Seria mais uma noite daquelas. Tirou a roupa. Tomou um banho quente. Bebeu leite morno. Pensou no homem amado. Respirou fundo. Deitou-se. Olhou para o relógio. Duas da manhã. Levantaria às 7 para o trabalho. No silêncio da madrugada, o tic-tac aumentou. Parecia uma bomba relógio prestes a explodir. Virou-se para o lado direito. Esquerdo. Nada. Olhos arregalados. Dançaria um tango se fosse preciso. Três da manhã. O nervosismo venceu. Tomou um tranquilizante. Travou o despertador e voltou a dormir. Acordou nove e meia. Chegaria atrasada pela quarta vez. Dessa vez assinaria advertência.
Nota do Editor: Celamar Maione é radialista e jornalista, trabalhou como produtora, repórter e redatora nas Rádios Fm O DIA, Tropical e Rádio Globo. Foi Produtora-Executiva da Rádio Tupi. Lecionou Telemarketing, atendimento ao público e comportamento do Operador, mas sua paixão é escrever, notadamente poesias e contos.
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