Neste mês de outubro completo cinco anos, de forma ininterrupta, como escritor de crônicas. Você deve estar se perguntando: “Como é que alguém consegue escrever tanta bobagem por tão longo tempo?” Pois é, não sei! Falando sério: faço questão de externar a passagem da data porque ela é importante para mim, afinal, foi um tempo considerável que dediquei nestes últimos anos a essa prática, e que com certeza não me arrependo, pois acabei aprendendo e refletindo sobre muito mais coisas do que pude transmitir a cada letra. Confesso, porém, que também já pensei em desistir inúmeras vezes. O que mais eu gosto nesta prática, não é necessariamente o ato de escrever, e sim, o de criar, de ter as idéias e, principalmente, talvez como uma particularidade, gosto de inventar histórias “de trás para frente”, ou seja, geralmente crio o final primeiro para depois desenvolver o início e o meio do enredo. A cada semana, tento de forma leve, irônica e bem humorada, trazer situações do cotidiano, da nossa realidade, uma coisa bacana de se ler. Claro, nem sempre consigo. Por isso, aqui vai um pedido de compreensão. Como qualquer um que escreve e também como muitos que não tem essa prática, o sonho de ter um livro publicado, reunindo esse material, ronda os meus pensamentos há tempos. Sei que mais cedo ou mais tarde isso acabará se concretizando. É uma questão de tempo! Escrever é uma atividade solitária. Neste “abismo de silêncio” entre o escritor e o leitor, o que motiva a não parar é a crença, ou melhor, a esperança que você sempre esteja aí, como neste instante, lendo esse texto, amigo leitor! Logicamente que, quando há uma manifestação elogiosa (ou até crítica mesmo) atingi-se o ápice, pois é a confirmação de que alguém leu a crônica. Por isso, não posso deixar passar a oportunidade e agradecer a todos que me acompanham ao longo desses anos. Muito obrigado pelo carinho, pelos elogios e críticas, pela ajuda, enfim, por tudo! Sintam-se abraçados! Para finalizar, acho que com a passagem desta marca, eu já posso me considerar, mesmo pequeno, de forma verde, como um verdadeiro cronista.
Nota do Editor: Rodrigo Ramazzini é cronista.
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