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COLUNISTA
Deusdith Velloso
17/07/2008 - 09h15
A gestão do conhecimento
 
 

Gestão significa administrar, portanto, gestão do conhecimento é administrar o conhecimento. Como lidar com a questão de forma clara e desmistificada?

Primeiramente decidiremos o que é conhecimento. O conhecimento reside na mente dos indivíduos. É uma informação valiosa da mente humana, que inclui reflexão, síntese e contexto para se consolidar como conhecimento. Construir conhecimento é uma atividade inerente ao ser humano. Podemos observar o conhecimento em dois momentos: Aquele que é conhecido como “conhecimento tácito” que está na mente humana e revela a experiência de vida e conhecimento de mundo, experiências vivenciadas pelo saber fazer adquirido e pelas competências do ser humano. Já o conhecimento dito como “conhecimento explícito” é aquele de fácil acesso e está nos livros impressos, eletrônicos ou digitais.

Num artigo anterior a este, eu falei sobre o respeito que se deve ter pela criança e pelo conhecimento que ela traz. O conhecimento que ela traz é um dos momentos do conhecimento ou seja o momento tácito. Todo conhecimento é importante mas aquele inerente à mente humana você só poderá conhecer se houver o diálogo ou o compartilhamento. É aqui que a gestão do conhecimento se faz importante.

A construção do conhecimento exige algumas competências como: saber pensar, saber observar, saber estabelecer relações, saber questionar, saber aproveitar o conhecimento acumulado, ter capacidade de aprender, e o mais difícil, ter consciência daquilo que não sabe caso contrário não conseguirá aprender. O exercício da humildade é a primeira regra para um bom aprendizado. A partir destas competências as pessoas poderão construir conhecimentos e mais conhecimentos. É assim que exercitamos as funções do nosso cérebro. Essas funções são realizadas de forma complexa e utilizam estratégias cognitivas de modo a filtrar, compreender e criar conhecimento.

Há uma condição necessária para se criar conhecimento que deixei para falar agora. É a linguagem. Sem ela não há gestão e nem conhecimento. Oportunamente estarei falando sobre linguagem, uma atividade essencialmente humana.

A visão de abordagens voltadas ao conhecimento, tratam de um conjunto de estratégias para criar, adquirir, compartilhar, utilizar conhecimentos e estabelecer fluxos que gerem informações necessárias para auxiliar a formação de idéias, de soluções de problemas e tomadas de decisão. A gestão do conhecimento tem como foco o Capital ”Humano”. Wurman (l995 p.48) estabeleceu para a condição humana o que chamou de anéis. Ele considerou as mensagens cerebrais ou seja, as mensagens que governam os nossos sistemas internos e possibilitam o funcionamento do nosso corpo de ”informações internas”. Ele chamou de ’informação conversacional’ as trocas formais e informais, as conversas que mantemos com as pessoas a nossa volta, sejam amigos, parentes, colegas de trabalho, estranhos na fila de embarque ou clientes em reuniões de negócios. A conversa é uma das mais importantes fontes de informação. Ele chamou, ainda de ”informação de referência” aquela de um manual de física quântica até a lista telefônica ou dicionário. Já a ”informação noticiosa” ele considera aquela que pode influenciar a nossa visão de mundo porque traz os ventos da atualidade. No meu entender, a mais importante delas é a “informação Cultural”. Ela abrange história, filosofia e artes, qualquer expressão numa tentativa de compreender e acompanhar a nossa civilização. Podemos dizer que todas as outras formas de construir o conhecimento se entrelaçam e são incorporadas para construir o conjunto que determina nossas atitudes e crenças e a natureza de nossa sociedade. O homem constrói conhecimento porque é capaz de consolidá-lo através da linguagem. Apesar do conhecimento ser construído individualmente, ele somente será conhecimento, se e quando o indivíduo sistematizá-lo para si próprio e para os outros. É a partir da sistematização por meio da linguagem que o conhecimento será criado. Esse fato é que nos diferencia das outras raças, pois somente o homem é capaz de fazê-lo com competência.

Nos artigos anteriores também falei muito em reflexão. Pode-se concluir que a construção do conhecimento passa sempre pela reflexão. Sem ela é impossível tanto a construção quanto a sua gestão. Para ser reflexivo é preciso ter autonomia. Somente um indivíduo autônomo possui condições de entender as contradições do mundo globalizado. Às escolas são dada a autonomia. A Legislação prevê a autonomia pedagógica que deve estar normatizada no currículo, no planejamento escolar no calendário próprio. Os legisladores sabem que a autonomia é condição fundamental para a construção do conhecimento. A Escola é a agência que tem como matéria prima o conhecimento uma vez que ela deve realizar todas as estratégias necessárias para a gestão do conhecimento.

Aproveito para deixar aqui o desafio da autonomia. A autonomia exige responsabilidade. Ela precisa existir na individualidade para se tornar coletiva.


Nota do Editor: Deusdith Bueno Velloso, nascida em Ubatuba, é professora aposentada, formada em Letras e Pedagogia e Mestre em Comunicação Social.
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