Domingo de Páscoa
- Mano, sabe que eu vi o coelhinho? - Está mentindo Carlinhos! Seu mentiroso! Screeech! iééé! - Não estou mentindo! Vi quando entregava esse seu ovo com a embalagem azul. - Se viu, diz então: ele é gordo? - Mais ou menos. Mas é veloz! E pulava bem rápido. - Que cor ele tem? - É branco. E comia uma cenoura. Vrom! brum! - Será que foi ele que trouxe esse monte de chocolates sozinho? - Claro né! Quem mais poderia fazer isso? - Eu achei que ele poderia ter alguns ajudantes. - Acho que não. Pelo menos eu não vi. - Viu esse ovo amarelo? Acho que tem alguns bombons dentro. - Eu ganhei quatro caixas de bombom, olha. Vrom! brum! - Eu ganhei duas... Quantos coelhos você recebeu Carlinhos? - Dois, Olha. Quantos ovos, você? - Quatro. - Eu recebi oito. - Tudo isso? - Tudo isso... Deve ser porque sou mais esperto que você. - Se fosse por isso eu ganharia um monte. - Mas não ganhou... Lesma! - Se fosse por isso o coelhinho teria me trazido um, dois, três quatro, cinco... Uma mão cheia de ovos. - Mesmo assim seria menos que eu, lesma! Vrom! brum! - Chega! Vamos parar de imaginação agora. - Ah, mãe! - Nada de ah mãe! Está na hora do Almoço. Sentem-se encostados no viaduto que eu sirvo vocês. - Mas mãe! Essa sopa de papel não tem gosto de chocolate? - Não discute. Peguem os seus pratos e baixem a cabeça. Vamos começar: Pai nosso que estais no céu, santificado...
Nota do Editor: Rodrigo Ramazzini é cronista.
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