Presidente da Câmara Municipal de Ubatuba
| Divulgação | | | | Ricardo Cortes. |
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Nome completo: Ricardo Cortes Idade: 51 anos · Está envolvido na política há 14 anos · Vice-prefeito de Ilhabela no período de 1993 a 1996 · Suplente de vereador em Ilhabela de 1997 a 1999 · Vereador de Ubatuba de 2000 a 2004 · Reeleito vereador em Ubatuba - mandato atual 1- Como presidente da Câmara Municipal de Ubatuba, como o senhor define sua participação neste mandato? RC- Um mandato transparente e agregador onde todos os partidos estão tendo participação e fazendo valer a autonomia que a Câmara sempre teve em relação aos demais poderes. O relacionamento com o Executivo melhorou muito e com o Judiciário continua tranqüilo, é muito bom, principalmente depois que todos os processos são analisados previamente pela Assessoria Jurídica da Câmara e são todos vistos sob as leis vigentes. A tramitação é muito boa, visto que, nossos advogados têm bom acesso ao Fórum, que neste ano não houve greves, o que favoreceu muito a agilização dos processos que estavam sob a guarda do Judiciário. Incentivamos o melhor relacionamento possível dos vereadores com a população dando condições aos mesmos de um gabinete funcional, sem falta de materiais para que seus trabalhos possam ser desenvolvidos de maneira adequada. Agilizamos os processos pendentes, colocando em dia os serviços da Câmara e contamos com o plano diretor para ainda esse ano que vem a ser aprovado para dar seqüência aos nossos trabalhos, além de projetos nossos aprovados de transparência das contas públicas da Câmara via internet, o serviço 0800 e uma página para pessoas desaparecidas em Ubatuba e Litoral Norte. Ainda nesse mês pretendemos iniciar com o auxílio dos demais vereadores a cobrança ao Executivo de todos os projetos já aprovados na Câmara, sancionados pelo Executivo, mas, que até o presente não foram implantados, inclusive projetos bons de outras legislaturas. Pois não basta ter apenas o projeto aprovado, torna-se necessário frisar que ele deve ser utilizado para o bem da população. 2- Como é sua relação com os demais vereadores? RC- Frente a uma postura conciliadora, agregadora e aberta ao diálogo, acredito que o relacionamento é bom, estamos atentos ao atendimento de seus postulados e proposituras, incentivando para que sempre se criem projetos bons para o município. Num primeiro momento tivemos certa sensação de oposição, mas, hoje são águas passadas. 3- Na sua visão, fazendo uma análise de todos os principais pilares da atuação executiva, Educação, Saúde, Habitação, Emprego e Recursos, o que melhorou e o que piorou em nossa cidade nestes últimos anos? RC- Somos da opinião que Ubatuba vem se preparando para um grande salto para o futuro, um tanto que acanhado ainda pela falta de visão social e econômica de vários pilares que se mantêm ainda em atitudes conservadoras e pouco ousadas. Temos visto investimentos satisfatórios, principalmente do Executivo, nas áreas de Educação e Saúde. A habitação ainda deixa muito a desejar. Emprego e recursos, apesar de limitados temos sentido que está em crescimento, principalmente pela atuação dos empresários e da iniciativa privada. Tanto a área de serviços como da construção devem continuar acreditando que Ubatuba é a maior área de lazer do estado de São Paulo e que tem de ser melhorada conjuntamente a políticas públicas de apoio, bem como, a descontaminação das praias e uma real atuação da Sabesp. O transporte com a previsão de corredores turísticos e de serviço facilitará e muito a vida do ubatubano e agilizará os passeios turísticos aqui existentes. A atuação do Ministério Público firme, permitindo o desenvolvimento empresarial de forma sustentada, tanto nas praias quanto na Mata Atlântica, favorece a criação de novos campos de atuação voltados para um ambiente ecologicamente sadio. 4- E com relação aos jovens da cidade? RC- Temos participado juntamente com o pessoal do Ubanaboa para que o jovem tenha acesso a todas as atividades possíveis através de informações e com a implantação de novos cursos tanto secundários como terciários na cidade. Estamos vendo crescer o nível cultural e econômico do ubatubano, visto que muitos já não precisam sair da cidade em busca de mercado de trabalho e de profissionalização. O que vem ocorrendo com o apoio dos empresários, do Sebrae, da Unitau e demais entidades voltadas para a educação, com cursos de pós-graduação e cursos específicos atingindo um grande número da população. Eu mesmo estou fazendo um curso de administração pública - pós-graduação - na Unitau aqui em Ubatuba e vejo muita gente deixando de ir à praia aos sábados e freqüentando a universidade, isso é crescimento. 5- O que o senhor acha da atual administração? RC- Num primeiro momento, parecia-nos que seria apenas mais uma promessa, mas, após o ajuste inicial e a troca de alguns secretários, temos observado que o Prefeito está bastante atuante e preocupado com o desenvolvimento da cidade, corre atrás de verbas, de projetos existentes tanto em Brasília como em São Paulo, mostrando uma nova marca administrativa, que é realmente sair do município e passar o chapéu. Com isso, provavelmente para o ano que vem novas diretrizes podem ser concluídas e a cidade criar outros mecanismos de sobrevivência. A expectativa de turismo marinho, transatlântico, e dos royalties gerarão novos empregos e atividades. E o incentivo ao esporte, ponto marcante também dessa administração, tem permitido a divulgação da cidade em novas fronteiras. 6- Estão sendo feitas intervenção na Santa Casa de Ubatuba. Quais são elas? RC- Sim. A Prefeitura realmente, após, a solicitação da população e dos vereadores interviu na Santa Casa através da Secretária de Saúde e está transformando-a fisicamente num hospital de primeiro mundo. Óbvio que está pondo muito dinheiro nas obras com intuito de oferecer ao ubatubano um bom atendimento médico, com instalações e serviços de qualidade. Descaracterizou aquela idéia de que se precisava fazer um novo hospital em Ubatuba e realmente investiu de forma pesada no hospital já existente. Com a intervenção que é cara para o município, mas necessária, temos visto um grande investimento tanto no PSF como nas principais unidades de saúde, Maranduba, Ipiranguinha e Centro de Saúde, com reformas estruturais que permitirão um atendimento ao público com maior facilidade, e, ao mesmo tempo desafogar o atendimento da Santa Casa. Com a criação do Centro de Especialidades e do CAPS (Centro de Apoio de Psico-Social), a saúde passou a ser tratada como um todo, mas descentralizada. Estamos atuando para que a Santa Casa passe a ter uma nova administração (fundação) ou OS (organização social), visto que, ali são prestados serviços particulares e convênios que é uma forma de se angariar recursos além do permitido pelo Sistema Único de Saúde, inclusive para a estabilização e pagamento das dívidas existentes e a melhora dos salários dos funcionários, em muito defasados em relação aos vigentes dentro da própria Prefeitura, que também não é muito.
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