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Indústria e Comércio
09/03/2006 - 05h05
Eucalipto é alternativa para o setor moveleiro
Agência USP de Notícias
 

Espécie em abundância no País, seu crescimento é mais rápido e apresenta características necessárias para a fabricação de móveis. O que falta é driblar o preconceito de que a planta serve apenas para a indústria de celulose

O eucalipto pode ser uma alternativa para a indústria moveleira. Além de apresentar alto rendimento possui aspectos favoráveis para a construção de móveis. "O maior obstáculo é a crença de que sua madeira seja de baixa qualidade, já que mais de 90% do que está disponível no mercado foi manejado objetivando a produção de celulose e papel", conta a pesquisadora Camila Doubek.

Camila, que há seis meses estuda as propriedades físicas, mecânicas, usinabilidade (desempenho da madeira ao ser serrada, lixada, aplainada etc.) e acabamento do eucalipto, informa que a idade ideal da madeira para a fabricação de mobiliário é de 18 anos.

"Para a celulose, são aproximadamente sete anos", explica, lembrando que, neste caso, a madeira não possui as características necessárias para a fabricação de móveis. "É muito porosa. Devido a presença de alta percentagem de madeira juvenil, apresenta diâmetro reduzido, muitos nós e racha facilmente", descreve. Já para a indústria de celulose, essas características não são importantes, uma vez que a madeira será reduzida a fibras.

Camila conta que espécies nativas da Amazônia, que há muito tempo são usadas na fabricação de mobiliário, como a cerejeira e o pau-marfim, estão em extinção e são protegidas pelo IBAMA. "Já em relação ao eucalipto, temos a maior área plantada do mundo". E além de ser reflorestável, "o que gera um apelo ecológico", está pronto para ir à serraria em até 15 anos, enquanto as árvores nativas requerem aproximadamente 50 anos. Outras vantagens são a diversidade de cores, desenhos e a padronização de alguns aspectos de qualidade da madeira.

Tendência inevitável

Outro ponto fundamental a se pensar são os altos custos de transporte da área de produção até as fábricas, e como o pólo moveleiro do Brasil é no Sudeste, é melhor aproveitar cultivos da região. A concentração de plantios florestais de eucalipto nos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo já tem resultado no surgimento de pólos moveleiros baseados unicamente neste gênero. "Em Minas surgiu recentemente um pólo no Vale do Jequitinhonha, que tem desenvolvido produtos com o apoio do SEBRAE. Em Linhares (ES) foi estruturado outro pólo para produção de móveis de madeira de eucalipto", diz a orientadora da pesquisa, professora Adriana Nolasco.

No entanto, o preço da madeira de eucalipto adequado à fabricação moveleira ainda é muito alto. De acordo com Camila, não porque seu cultivo requeira mão-de-obra especializada, mas porque sua técnica de manejo ainda não é muito difundida.

Essa ainda é a primeira parte da pesquisa, que está sendo realizada no Departamento de Ciências Florestais da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP em Piracicaba e será concluída no final de 2007. O objetivo é detalhar 3 espécies da planta (E. grandis, E. urophylla, E. dunii) quanto às suas propriedades físicas, mecânicas, usinabilidade e aceitação de acabamento. Além de analisar qual é a mais adequada para móveis, o projeto prevê o estudo de outras 23 espécies.

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