Não quero mexer em formigueiro citando os quiosques inacabados da praia Grande. Na verdade não tenho conhecimento preciso do que aconteceu lá este ano, sei apenas que alguns quiosques foram quebrados para reformas e que durante os trabalhos foram embargados pela justiça, não podendo ser concluídos para a próxima temporada, deixando seus "proprietários" em papos de aranhas e com enormes prejuízos, sem contar o desemprego de seus funcionários, o atendimento aos turistas etc. Hoje ao passar por lá vi que alguns quiosqueiros arrumaram um jeitinho de garantir o seu ganha pão, o jeitinho brasileiro; improvisaram lá uma lona azul que parece que vai dar para passar a temporada de verão. Fiquei muito contente em saber que a vida de alguns quiosqueiros voltaram ao seu cotidiano, mesmo debaixo de uma lona azul sob ripas. Cito os quiosques da praia Grande, porque é o caso mais recente de "coisa mirabolante". Só aqui em Ubatuba acontece dessas coisas. Coisa mirabolante? Também, sim senhor! Não só os quiosques da praia Grande, mas várias construções que deixaram iniciar e no meio do serviço mandam embargar, causando sérios transtornos e prejuízos a seus proprietários. É o caso daquele gaiolão de madeira na avenida Iperoig, do alicerce construído após a cabeceira da ponte de acesso ao Perequê-Açú, da estrutura metálica da praça BIP, do Fórum da Estufa, da rede de esgoto que está enterrada pelas ruas deteriorando e sem serventia, do parque Trombini que enraizou, do hotel na praia da Almada, do galpão na Vermelhinha, enfim, obras ou coisas mirabolantes que tiveram seus inícios e que em meia altura foram paralisadas, ficando um verdadeiro monstrengo em ruínas para a tão bela cidade de Ubatuba. Será meu Deus que Ubatuba merece isso? O que me deixa encabulado é que deixam começar a construir e no meio da obra vem o embargo; aí a coisa não vai pra frente e nem pra trás, ficando aquela tranqueira para Ubatuba aderir, desformizando e poluindo sua beleza. Venham cá! Se deixarem construir, deixem terminar. Se não está de acordo com o projeto ou tem irregularidades, mandem quebrar e deixar o lugar como era antes, sem vestígios de ruínas. Será o Benedito? Mas aqui tudo é complicado, feioso, relaxado. Por favor, não culpem Cunhambebe! Voltando aos quiosques da praia Grande; fizeram um carnaval danado, transtornaram os "proprietários" causando-os prejuízos e a coisa tá lá, alguns em ruínas, outros com ripa sobre lona, nem ao chão nem ao céu, milhão de vezes mais feio do que se estivessem acabados. Tá feio, mas tá bom! É assim Ubatuba! Vamos ver o que vai acontecer com a cobertura da Feira Hippie. Acho que, se for para enroscar no meio, é melhor nem começar, limpem a área e deixem como está, ou melhor, reconstruam lá a nossa quadra de esportes. Por favor, não criem mais um monstrengo para Ubatuba! Aliás, a nossa avenida Iperoig, tá mais feia do que cruzamento de Frankenstein com curupira e mula-sem-cabeça. É ferro velho de um lado, barracão de lona do outro, mulódromo na intermediária e um grandioso centro de amparo a mendigos e pinguços mijalhões que aromatizam o cartão-postal de Ubatuba. Tá feio, mas tá bom! Eh Ubatuba, quando é que vão te enxergar? Quando é que vão tratar você com seriedade? Tá pra nascer a geração que fará isso por Ubatuba! Mas quem sabe se tivermos um bom Plano Diretor, Ubatuba saia dessa mesquinhez!
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