Tevê à manivela
Como a retomada seja mesmo pela retomada do crescimento no país - principalmente em épocas de extrema pandemia - conter os gastos é preciso. Pelo menos é o que aponta o governo já com o seu déficit público para lá de abalado. Portanto, apertar o cinto ministerial também está em evidência nessa hora de aperto versus contenção. De qual lado e por onde começar vem a calhar. Ademais, sempre o aperto do Orçamento com aquilo que seja mais de imediato. Incrível, não saímos da crise. A crise e sempre a crise em andamento com o lado “corruptível” em plena ascensão. Ou seja, o ministro Paulo Guedes possui a “caneta azul” tal a do presidente Jair Bolsonaro? Tem todo o aval? Maiores expectativas para o jogo de finanças que não para de corroer a sociedade? Desemprego em alta, aliás, a alta baixa do desemprego quando se pensava de forma diferente. Sim, a Covid-19 que mudou os rumos do país (como do mundo) ou temos mesmo que ficar em casa, usando máscaras, o distanciamento social, a medida das filas em menos de dois metros etecétera e tal. Mais algum recurso de auxílio emergencial para socorrer, então, o povo de mais baixa renda, o pobre que não tem como comprar o alimento básico para sustentar a si próprio como a sua família, pagar uma conta - de luz? -, água e quanto ao saneamento básico, teremos saída? A volta às aulas, recomeça quando exatamente por conta deste delicado momento? Mais do risco Brasil enquanto as eleições municipais estão marcadas para novembro próximo? Ou que mais uma Operação (neste momento?) da Lava Jato por fraude na Transpetro? Por certo, os efeitos que enfrentamos são bem mais que colaterais enquanto a Anvisa libera testagem anti-covid no Brasil e processos de impeachment entram em cena pós pedaladas de outros governantes como de parlamentares que ficaram no meio do caminho, algumas caducaram, algumas até prescreveram para seguir o exemplo idade/lei em vigência e por aí continuamos a seguir a canção. E que canção! Pois sim, e uma vez mais, as Reformas agora tendem a caminhar. Como da Previdência, quem sabe uma nova versão do Senado - muda ou não muda - perto daquelas como da Política que ficaram para trás, maioridade penal, ficha limpa, cassações (idem) paralisadas, STF em evidência, solturas inesperadas de velhos caciques conhecidos partidários, ajudas de custos, caixas extras e, não mais que, vamos assistir a contenção de gastos públicos antes que nossos cintos apertem cada vez em dobro. Vamos lá, ministro Paulo Guedes, porque a canetada da vez agora é sua! Aliás, de 65 anos para homens como de 62 anos para mulheres. Ou que de tudo isso, no mínimo, no mínimo, tudo o mais não continuará sendo o máximo? Caminha, Brasil!
Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
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