Tevê à manivela
“Se a pergunta do momento é a de como querer retardar a ampulheta do tempo em dias alarmantes e preocupantes de pandemia, muitos entendidos observam, erradamente, do que deveria de ter sido feito para podar o mau que não se corta pela raiz. Mas que continua espalhando seus frutos! Errada e tardiamente, claro.” Como também nada a querer concluir em breves palavras que todos eles (sic) politicamente corretos têm a resposta certa para tudo, e como nada foi feito em matéria de prevenção, o que mais querem provar? Algum antídoto extra para a voz de governantes tão somente agora em questão? Precisamos apontar qual deles, principalmente de mandatos anteriores que não chegaram a nada? A gravidade do momento não levanta outras dúvidas. A crise política e a pandemia quando muita gente já questiona sobre o direito de ir e vir - como o de poder protestar, intervir - em meio a tantas polêmicas de cuidados e observações essenciais. Enfim, vivemos à prova do confinamento nunca antes vividos neste país, coisa que na política sempre existiu, não devemos negar. E se de um lado soltam bandidos, condenados, inocentes ou protestantes nas calçadas, esses são presos. Mais uma do nosso “Retrato Brasil”? A dança das cadeiras prossegue não apenas na área da saúde? Distribuição de cargos, agora, em especial via Centrão? Acaso não haja alianças nada caminha, como sempre (?) caminhou? Ou que mais do assim e assado caminha (ainda) as desigualdades sociais? Porém, protestos, isto sim, na medida de certos limites com aquilo que garante a lei, a ordem, constituição, justiça etc., sem apontar aquela outra turma do MST que sempre segue adiante. Muito pelo que, vamos contar com sanções de feriados extras como na cidade de São Paulo, leia-se prefeito Bruno Covas, do governador João Doria, a fim de evitar novos contágios. Par ou ímpar? Filas controladas, ônibus super lotados, metrô, trens - todos os passageiros de máscaras, sim! Demais necessidades que se cuidem, que se previnam, pois mesmo multas são empregadas até mesmo para aqueles que estão desempregados e sem o auxílio emergencial - perto de tantas outras emergências - que ficaram para trás. Bem lá para as partes de trás! Enfim, vamos ter mesmo um novo “surto” de lockdown (traduzido por ´confinamento´) mas só não adivinhamos por quanto tempo a ser adotado por aqui, como entre outros estados? Dizem até que os nossos mandantes sabem/entendem de tudo. Enquanto isso, discursos e mais discursos prosseguem diante dos governos federais, municipais e estaduais. Lógico, tudo acerca (sic) de ordens politicamente corretas, exceto aquelas que deveriam seguir pela saúde. No mais, sobre o intitulado “Ostracismo Social” que vivemos nós, trata-se de um termo proveniente da Grécia antiga e era uma forma de punição aplicada aos cidadãos suspeitos de exercerem poder excessivo e restrição à liberdade pública. Bem como o afastamento (imposto ou voluntário) de um indivíduo do meio social ou da participação em atividades que antes eram habituai. E que os sinônimos para isso, como banimento, exílio, expatriação e expulsão não entrem em outra pauta de assunto. Agora, que vamos sair dessa, se Deus quiser, vamos!
Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
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