Tevê à manivela
“Antes de mais nada, Brasil (ainda?) um sonho intenso e que ninguém ouse dizer o contrário. Afinal, estamos em fase de reajustes. Aperta-se daqui, tira-se dali, contem-se gastos alhures, seguindo a canção. O que dentre uma discurseira e outra, afirmativas é algo que mais temos. Principalmente para aqueles mais experts que estão assistindo de fora”. Mas enfim, compartilhamos o verbo, tudo está mesmo a um passo dos nossos cliques diários/acelerados (e porque não 24 horas d/n) nas redes sociais? Isso já incluindo as fakes news tão frequentes em nossas telas computadorizadas! Detalhe. E vamos ter sim sentenças da Lava Jato anuladas pelo STF? Indecisões jurídicas, bom anexar, temos quem aponte. Perguntas pedem sempre respostas, certo? Segurança Brasil e o entendimento de ministros sobre mais quem nesse momento de “corda bamba” quando as indecisões, repetimos, correm o nosso cenário de governo atual. Claro, vindo de lideranças anteriores e que não precisamos repetir desde as eras FHC, Lula, Dilma e Michel Temer. Vale o lembrete de ímã de geladeira, mas, “cadê aquela turma de movimentos nível político-social: ´Vem pra Rua´ - quem sabe ao bosque, praças públicas, de passeio dominical, et ecetera e tal? Como também de pedidos contra anistias, Pro-Moro, Justiça, Saúde, Segurança, Educação. Protestos para tudo o quanto é lado enquanto parece nada estar mudando em prol de hinos sem vitórias. Brasil século 21 ao tempo que até ajuda às Forças Armadas recebe o pedido do povo. Ou será mesmo que a nossa sinfonia continua sendo mal regida como dantes? Greves, greves e mais greves além dos agraves das greves. Ou que terão mesmo os “black blocs” desaparecidos de cena? Nessa onde de protestos, somamos os incendiários que marcam presença como no Ceará. Protestar em atos de vandalismo, por aqui, virou mesmo símbolo - decadente - de incendiários. Ônibus, caminhões, pneus, concessionárias, empresas, bancos depredados, enfim, explosões como (des)ordem de calamidade pública constante. E vamos lá, meu país dos politicamente corretos porque contradições chegam aos noticiários de todas as formas e para todos os gostos. Ou será que a nossa democracia não para de crescer em forma de perguntas/respostas automatizadas? Dizem até que a justiça seja igual para todos, ah, como dizem! Mais alvos para a Polícia Federal investigar, ainda naquele vício costumeiro, “somos todos inocentes”, vamos logo a seguir dar de frente com novos estardalhaços pós o tiro que não saiu pela culatra no caso do ex-procurador Rodrigo Janot na cara do ministro Gilmar Mendes, sic, melhor irmos direto ao novo ponto seguinte antes que o noticiário caduque e o povo nem mais dê tanto ouvidos assim. Ah!, sim, ia me esquecendo. Para que lado deve estar soprando o vento hoje? Alguma outra brecha de crítica sobre o discurso de Bolsonaro na ONU, ou, sobre a Amazônia que foi novo alvo de mais alguma queimada nos últimos minutos? Mudaram, por exemplo, o formato da moringa que até então cabia tanto água? E haja quilos e mais quilos de paixão por lideranças/alianças de partidos feito aquele que faz jus confiante ao seu pingo de razão.
Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
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