Tevê à manivela
“O que seria dos políticos sem esse recurso para garantir suas futuras e prósperas eleições, hein? Mas também devemos lembrar os `acordões´, os atos secretos, o toma lá dá cá entre os múltiplos partidos. Principalmente do socorro do Caixa 2 que sempre vem naquela hora mais apertada, quando muitos precisam daquela `ajudinha´ extra em contas secretas, quase invisíveis.” Coisa que até a pouco de falava no enxugamento da máquina, conter os custos, reduzir o número de ministérios, et cetera e tal, tudo parece seguir o seu curso. Aliás, reformar é preciso. Já adivinhar continua sendo mesmo o nome do jogo. E que jogo! Tanto que reforçamos em dizer do ora frisado sobre o crescimento econômico eterno e, portanto, menos o fraterno? Claro, o lucros são sempre daqueles que não reclamam. Saímos da crise? Da corrupção generalizada e escapamos do buraco negro? Descobrimos uma Superterra Brasil dos finalmente corretos? O que no tocante ao discurso presidencial de Jair Bolsonaro, na ONU, patriotismo é o nome da palavra-chave. Certamente, o país que está sendo construído a exemplo do desejo de esquerdistas de plantão que querem sempre levar a vantagem em tudo. Transparência na nossa política? No mais, existem aqueles parlamentares que só querem mesmo manter-se no poder. Mágica. Ou seja, o Fundão para 2020 mal saiu do Senado e já foi aprovado pela Câmara. Um novo recorde financeiro emergencial à base de financiamento público? Gira mundo, gira fundos! Enquanto o benefício maior fica a cargo de quem? Uma caça de votos de analfabetos nunca esteve tão bem traçada assim! Polêmica nada habitual de governo para governo? Elementar, meu caro Watson, elementar! Placar de 252 deputados a favor contra 150 nesse sentido pré-eleitoral e o voto de quem? Fundão é Fundão, ora bolas, e agora devemos ajudar até mesmo os partidos menores. Se bancadas é o que mais temos em plenário também uma acostumada legião de bancadores surgem a todo instante. Pois todos querem sair enriquecidos, cheios de ideias, propostas em conjunto, verdade? E ora, ora, ora, como eles pretendem, o que são lá R$ 1,7 bilhões para a campanha que todos vamos ter que assistir/acompanhar/votar além das mídias, redes sociais, já sabendo que a conta vai acabar mesmo - e como sempre - no salário apertado do povo. Observe-se lá, sem pular em nada no bolso de quem está desempregado. Como sempre, a sorte de fichas está lançada!
Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
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