“O duro não é só cair. O duro é você cair e não conseguir mais se levantar por causa de outros. Afinal, tem sempre alguém pronto para te empurrar ladeira abaixo”.

Enquanto por aqui se fala em contenção de contas públicas, enxugamento da máquina, cortes e mais cortes no orçamento, a tão badalada Reforma da Previdência que não sai da mesma tecla, vamos ter hoje o que para o jantar, senhores? Lagosta à la carte, vinhos, e petiscos ao Supremo aos gastos na casa dos R$ 1,134 milhão? Haja Corte e não vamos esticar muito no assunto, pois, todos nós temos direito a uma saudável refeição bem etiquetada. Claro, ainda, o país já superou a crise e quem mais deve dar o exemplo.

Por certo, o desemprego aumentou, 12,7%, 13,4 milhões até fevereiro, e editais devem comer soltos e vir a público já que falamos em transparência (idem) Brasil. De repente, um bom “brunch”, almoço, jantar, além dos citados vinhos que merecem atenção especial. Tudo à base de muito Tannat ou assemblage que o sempre desfalcado assalariado - dos que restam de carteira assinada, é bom lembrar - jamais ouviram falar. Ou que “O banquete” de Platão seja melhor encaminhado. Digo, servido. Vai que mais parlamentares também queiram participar do “banquete” iremos começar a aumentar nossas contas/compras e aí daquele que não oferecer uma saudável gorjeta! Sim, nobres senhores. Todos merecem de igual tamanho, lembrando que a lei seja igual para todos sem deixar de mencionar a saborosa refeição no bandejão a 1 real. Ninguém deve ficar de fora, verdade? Saco vazio em pé nem pensar. Santo nem de barro!

Via de regra, surpresas - direita, esquerda, volver - sem sombra de dúvida alguma virão pela frente. E por que não pelos lados e/ou mesmo na contramão?

No mais, garçom, passa a régua! A conta...

Ah! Sim, ia me esquecendo, perdão Platão!