Tevê à manivela
Precisamos de uma nova bagagem de discursos sobre o que tão bem já decoramos em todo período eleitoral? O palavreado é sempre o medo, mudam apenas em alguma forma de se expressar enquanto a transferência de dúvidas cabe não mais que ao eleitor resolver, mas, parece que vai continuar tudo igual dentre os nossos ilustres políticos corretos. Ou que caberia aqui breve subtítulo de “Imparcialidades, adjetivos e subjetivos” a mais? Numa breve recorrência dentro também do objeto de múltipla escolha a diversidade de partidos, também um adicional: “Se a montanha não vai até Salomé, logo, Salomé vai até a montanha!” E de cajado e tudo... Vamos mudar a imagem do país, finalmente, com o que sobra? Perguntas é que não faltam tamanhos os pedidos de relaxamentos de penas, habeas corpus, benefícios, delações premiadas e o que mais puderem achar em termos de brechas “embargatórias”! Mais privilégios a caminho, ou que o foro privilegiado ora aprovado não resolverá o problema do país, conforme disse o ministro Roberto Barroso do Supremo Tribunal Federal (STF)? Limites de vaivém na pauta de denúncias de parlamentares pelo cano do ladrão e hora de desafogar o Supremo, impunidades, entendimentos, processos criminais etc., etc.? Desta vez parece que tudo segue mesmo (in)seguro em meio a autoridades enroladas é o que não falta. Escolher a dedo anda mais que preciso! Agora quanto ao também ministro Gilmar Mendes manifestar desejo de visitar o ex-presidente Lula, ora preso na superintendência da Polícia Federal em Curitiba, levanta nova dúvida? Um novo tipo de escape à montanha ou que venha este a fazer novos pedidos de benefícios físicos “ergométricos”, frigobar etc., certamente bem estranho. Muito estranho. Por outro lado, ainda, as denúncias sobre Michel Temer, os amigos dele, o dinheiro que estava lá, mas que ninguém se recorda mais! Sim, a reforma da casa da filha presidencial o “homem da mala” (500 mil) que não sabia o que carregava (talvez sobras de pizza), os demais 51 milhões do Geddel e por aí (idem) tudo caminha em nome de uma conceituada moralidade verbal dita no plural. Puxadores de assobios e risadas fininhas à parte, mas só para não passarmos por aqui em brancas ondas nuvens, sobre o mergulho da primeira-dama Marcela Temer, de outro dia, no Lago Paranoá: “Mergulhou fundo” para salvar o “pet presidencial” - que sabia nadar, claro – o lago estava vazio, semi cheio ou cheio até a boca? O “Bob” Picoly entrou em desespero de afogamento momentâneo, colocando o cargo de mais quem em risco – o que colocou -, só mesmo pedindo um salve-se quem puder. Moralidades e afins, até o além da pauta de intenções! De votos promissores só para recomeçar...
Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
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